Defesa Civil alerta para a possível transbordamento de dique em Porto Alegre

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SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – A Defesa Civil estadual do Rio Grande do Sul emitiu um alerta na tarde deste domingo (5) no qual adverte para um possível transbordamento do dique da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).

A recomendação do governo é que os moradores do bairro Sarandi e das áreas que ficam entre o dique e a avenida Assis Brasil, próximo à avenida Sertório, deixem o local e procurem um abrigo seguro.

Neste sábado (4), a prefeitura de Porto alegre já havia orientado aos moradores das comunidades Asa Branca, Minuano, Vila Elizabeth e Nova Brasília, todas na região do Sarandi, que deixassem suas casas. O alerta foi feito após água do Dique Sarandi ter começado a extravasar.

Porto Alegre enfrenta um cenário de enchentes e alagamentos com as fortes chuvas dos últimos dias. O prefeito Sebastião Melo (MDB), disse neste domingo (5) que 70% da população da capital gaúcha enfrenta desabastecimento de água após o rio Guaíba transbordar e atingir 5,3 metros, o maior nível em sua história.

Para tentar reduzir o consumo de água, Melo pediu aos moradores da capital gaúcha que tenham casas no litoral que deixem a cidade por alguns dias. O trajeto de Porto Alegre até as praias, no entanto, só pode ser feito pela RS-040, por Viamão, já que há interdições nas saídas da zona norte da cidade.

O Rio Grande do Sul chegou, neste domingo (5), à marca de 78 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da semana passada. Em meio à pior tragédia climática já vista no estado, com todos os serviços básicos afetados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai destravar obstáculos da burocracia para garantir o socorro às vítimas e prometeu ações de longo prazo.

As enchentes afetaram o acesso a saúde básica, a água potável, a energia elétrica, a telefonia, e os efeitos da chuva bloquearam algumas das principais rodovias gaúchas. O boletim do governo estadual diz que há 844.673 pessoas afetadas pela tragédia e danos em 341 municípios, o que representa mais da metade do estado.

Além disso, a operação de 110 hospitais foi afetada –entre eles, 17 tiveram de suspender os atendimentos a pacientes, e 75 funcionavam apenas parcialmente, segundo a última atualização do governo estadual.



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