Defesa de atropelados quer que bêbado responda por homicídio tentado

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O advogado Roani Perreira do Prado, responsável pela defesa dos seis trabalhadores atropelados por Allan das Chagas Araújo, 32 anos, na última sexta-feira (5/4), acompanhou os depoimentos de seus clientes na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), na manhã desta segunda-feira (8/4).

À imprensa Roani disse que as vítimas esperam que o condutor do veículo também “responda por tentativa de homicídio”.

“Os fatos são graves. Estamos falando de um acusado que teve problemas passados, em 2012, referente ao mesmo ato. Possivelmente, a defesa técnica vai conseguir demonstrar todos esses fatos”, destacou o advogado.


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Os seis colaboradores estão recebendo assistência jurídica da churrascaria onde trabalham. Apenas uma vítima ainda está hospitalizada. Antônio Carlos Rodrigues Silva, 30, passou por uma cirurgia e precisará passar por outro procedimento cirúrgico para a completa recuperação, segundo a defesa.

“Somente um deles não foi atingido em cheio e foi quem conseguiu conter o condutor do veículo para que ele não fugisse do local do acidente”, completou Roani.

Oitivas

Durante os depoimentos desta manhã, os funcionários da churrascaria afirmaram que o motorista estava em alta velocidade quando os atingiu.

“Acreditamos que o veículo estaria a aproximadamente 130 km/h. Os colaboradores estão afastados do trabalho. Eles estão com medo de sofrer qualquer tipo de ameaça. A empresa está tomando todas as providências para que possam estar bem assistidos”, acrescentou.

Veja momento em que o motorista é preso:

Inicialmente, o motorista é investigado por dirigir alcoolizado e provocar acidente com lesões graves e gravíssimas como resultado.

“Estamos analisando a dinâmica do fato, principalmente em relação às circunstâncias [do ocorrido], como a velocidade do veículo. Também queremos saber se ele tentou fugir. Pedimos imagens de câmeras de segurança a alguns órgãos, para que elas possam nos ajudar a elucidar as causas [do atropelamento]”, afirmou o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, responsável pelas investigações.

Vítimas saíam do trabalho

Seis vítimas foram atingidas pelo carro no momento da colisão: um pedestre e cinco ciclistas. O grupo havia acabado de deixar a churrascaria quando foi atingido pelo motorista, segundo um dos atropelados relatou ao Metrópoles.

“A gente saía do trabalho, conversando em cima da calçada e empurrando a bicicleta. Quando a gente percebeu o carro, não tinha mais o que fazer, [ele] estava em cima e não teve mais para onde correr. [O veículo] pegou a gente em alta velocidade”, contou a vítima, que pediu para não ter o nome divulgado.

O atropelamento aconteceu em uma via do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Os trabalhadores passavam por uma faixa de pedestres quando Allan, que saía da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), atravessou a pista e avançou em direção ao grupo.

Estado de saúde

Os seis trabalhadores foram atingidos próximo a um mercado atacadista na região; dois deles chegaram ao Hospital de Base (HBDF) em estado grave.

  • Hebert Geovane Santos Alves, 25, apresentava corte na cabeça e suspeita de fratura no braço.
  • Erlano Giovanni Santos Silva, 25, tinha suspeita de hemorragia interna, hematoma no olho direito, luxação no ombro direito e escoriações no tórax.
  • Henrique Ribeiro Alves, 22, foi socorrido com suspeita de fratura de perna esquerda.
  • Adriano de Jesus Miranda, 50, estava com suspeita de fratura de perna esquerda; e
  • Antônio Carlos Rodrigues Silva, 30, apresentou hemorragia abundante, além de fraturas expostas na perna direita e no braço esquerdo.

Uma testemunha da ocorrência relatou que o carro de Allan chegou a derrubar um muro. Em seguida, o motorista teria saído do veículo e tentado fugir a pé, mas acabou contido por quem presenciou a cena. “Ele parecia embriagado. Estava alterado, com a voz mole”, contou a testemunha. O motorista foi preso em flagrante por policiais militares.

Metrópoles apurou que ele se negou a passar pelo teste do bafômetro, mas admitiu ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Os PMs o prenderam e levaram para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Ao ser contido, o motorista ficou “extremamente agitado” e precisou ser algemado, segundo os policiais.



https:metropoles

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