Após a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), a defesa do parlamentar deverá concentrar suas forças para tentar evitar a cassação dele no Conselho de Ética da Câmara.
Apesar de considerar que a tendência do conselho é cassar Brazão, o advogado do deputado, Cleber Lopes quer pedir que o ex-policial militar Ronnie Lessa, responsável por delatar o parlamentar, seja chamado testemunha no processo de cassação.
Lessa, responsável por assassinar a vereadora Marielle Franco, foi responsável por apontar o deputado e seu irmão, Domingos Brazão, como mandantes da morte da parlamentar fluminense em 2018.
O motivo é que a defesa não teve acesso à delação de Lessa que implicou Brazão no homicídio da vereadora, que ainda está sob sigilo de Justiça. E acredita que a Câmara tem de ouvir o ex-PM antes de cassar o mandato de Brazão.
O deputado foi preso no último dia 24 de março por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Na noite desta quarta-feira (10/4), a Câmara manteve a decisão de Moraes com 277 votos a favor da prisão.