“Efeito 123 Milhas” faz ações da CVC dispararem 21%

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A maior alta no pregão da bolsa de valores brasileira na manhã desta quarta-feira (30/8) é da CVC.

Por volta das 11h30, os papéis da companhia disparavam 21,72%, negociados a R$ 2,69. É a maior alta da sessão até o momento.

A CVC está sendo beneficiada pelo “efeito 123 Milhas”. Na véspera, a notícia sobre o pedido de recuperação judicial apresentado pela 123 Milhas, sua concorrente, repercutiu no mercado e impulsionou a CVC na bolsa.

O requerimento da 123 Milhas foi feito à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O valor da causa foi estabelecido em R$ 2,3 bilhões.

O pedido foi protocolado por causa de fatores “internos e externos” que “impuseram um aumento considerável” dos passivos da companhia nos últimos anos. A empresa afirma ainda que usará a recuperação judicial para cumprir obrigações de “forma organizada”.

No dia 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu a venda de pacotes de viagens e a emissão de passagens aéreas em pacotes promocionais para o período de setembro a dezembro.

CVC pode ser vista como opção segura

Segundo especialistas no setor, a crise na 123 Milhas deve fazer com que clientes das agências de turismo busquem maior segurança ao comprar pacotes de viagem. A CVC é considerada uma marca forte, já muito consolidada no mercado, e pode ser vista como boa alternativa pelos consumidores.

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Apesar da forte alta no pregão desta quarta, os papéis da CVC ainda acumulam perdas de 45% no ano.

Na noite de terça-feira (29/8), a CVC anunciou um programa de recompra de debêntures, no valor de R$ 75 milhões. Debêntures são títulos de dívida emitidos pelas empresas para a captação de recursos. Debenturistas são os detentores desses títulos.

O motivo da recompra estaria relacionado às condições do contrato, que exige que a empresa recompre a dívida em caso de aumento de capital acima de R$ 125 milhões.

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