Até 2014, a família Hughes, do Reino Unido, tinha seis pessoas. Hoje, são apenas três: em sete anos, o pai, Ian, e dois de seus filhos morreram vítimas de tumores cerebrais.
Oscar foi o primeiro a falecer. Ele tinha 9 anos quando morreu, em maio de 2014. Milo, o caçula da família, morreu em 2021, aos 5 anos. O pai da família faleceu em 2020, aos 49. As crianças passaram por um ano de tratamento contra o tumor no cérebro e o pai conviveu com a doença por quase uma década.
Câncer de cérebro matou metade da família
Oscar e Milo tiveram um meduloblastoma, um tipo de tumor que se forma no cerebelo e se espalha pela coluna, sendo mais frequente em meninos e os seus primeiros sintomas aparecem antes dos 9 anos. O câncer causa dores de cabeça, fadiga e náusea.
Já Ian teve um glioblastoma, que causa sintomas semelhantes além de alterações de comportamento, incoordenação motora e déficits de fala em adultos.
Os filhos que sobreviveram, Sebastian, de 20 anos, e Lucas, 15, além da mãe deles, Marie, passaram a fazer campanhas constantes incentivando a população a fazer exames de prevenção e prestar atenção aos potenciais riscos genéticos para o desenvolvimento de tumores.
Foto mostra família que boa parta das pessoas morreu de câncer no cérebro (2)
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Nesta sexta-feira (3/5), a família lembra os 10 anos da morte de Oscar, a primeira da onda de perdas. Em um texto em homenagem à data, Sebastian afirmou que a dor da perda é indescritível.
“A partir de hoje, vivi mais tempo separado de você do que em sua presença e ainda sinto que você era meu melhor amigo”, conta. “Penso em você em quase todos os dias e nunca poderei tomar uma cerveja contigo ou te convidar para ser meu padrinho de casamento. Fiz uma escolha em continuar, mas sinto sua falta todos os dias”, completa.
A mãe da família, Marie, criou uma fundação que leva o nome de Oscar para ajudar na conscientização e na pesquisa de câncer de cérebro pediátrico. A intituição organiza corridas periódicas para arrecadar fundos — o próprio Oscar correu a primeira delas.
Marie descreve a trajetória da família como sendo de “trauma em cima de trauma”. “Não posso tirar a dor da perda, mas vejo meus filhos navegando pelo luto com tanta bravura e honestidade que tenho aprendido com eles”, comenta.
Em 2022, ela correu 50 km pelo litoral europeu em homenagem aos familiares que perdeu para a doença e para tentar arrecadar fundos para pesquisas científicas sobre o câncer cerebral. “Precisamos de novas opções de diagnóstico e de tratamento para que a luta não precise ser tão difícil quanto escalar uma montanha por dia”, afirma Marie.
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