O embaixador e a embaixatriz da Áustria no Brasil, Stefan Scholz e Angelika Scholz, receberam, nessa quarta-feira (24/1), convidados seletos para um evento cultural em homenagem à imperatriz Leopoldina. O encontro ocorreu na embaixada da Áustria em Brasília e contou com a participação ilustre da arquiteta, poetisa e palestrante Vanessa von Glehn.
O evento também contou com a apresentação de um trecho da nova peça sobre Leopoldina escrita pela aclamada roteirista Cleuza Brandão, com direção de Eloisa Cunha e encenada pela atriz e cineasta Núbia Santana, fundadora do Instituto Lumiart. O monólogo envolveu os presentes e os levou para uma viagem no tempo, ao retratar a importante contribuição da imperatriz para a independência do Brasil.
“Que dona Leopoldina havia assinado o decreto já era algo historicamente registrado, de conhecimento, porém não muito evidenciado. Eu acho que a evidência maior de dona Leopoldina, não só por uma esposa de D. Pedro, mas como mulher, e a sua participação mesmo na história do Brasil, como uma pessoa muito influente, foi após as cartas dela trocadas com a irmã Maria Luísa”, contou Cleuza Brandão.
Segundo a roteirista, Leopoldina representa um símbolo da causa feminina e a resistência dela, mesmo com uma vida conjugal tumultuada, na qual ela era constantemente agredida. Tudo isso inspirou a obra apresentada na embaixada.
“E eu acho que a história dela deveria vir à tona. A história da Leopoldina mulher, não só a esposa de Dom Pedro, mas a princesa regente. Porque ela estava com o poder de comandar um país e ela usou esse poder sabiamente. Então, o decreto foi assinado por uma mulher e Dom Pedro acatou”, afirmou Cleuza.
O espetáculo também trouxe o lado mulherengo e agressivo de Dom Pedro. “Houve uma certa desconfiança de que ela teria perdido o filho, que ela morreu aos 29 anos de idade, por um aborto natural. Levantou-se a suspeita de que tivesse sido após uma agressão que ela sofreu dele, um chute”, completa a roteirista.
Sobre Leopoldina
Maria Leopoldina da Áustria (1797 – 1826) foi uma arquiduquesa do país europeu, a primeira esposa do imperador Pedro I e imperatriz consorte do Brasil de 1822 até sua morte. Seu casamento com “o Rei Soldado” e a sequente independência do Brasil fizeram com que ela se tornasse a primeira imperatriz consorte do país e a primeira imperatriz do Novo Mundo, como era chamado o continente americano após a descoberta de Cristóvão Colombo.
Veja os cliques do evento:
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