Considerados cases de sucesso, os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), desenvolvidos a partir de recursos da Lei de Informática, foram apontados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) como modelo que deverá ser replicado em institutos da área no restante do país.A avaliação foi feita pelo diretor de Transformação Digital, Inovação e Novos Negócios da pasta, Marcos Toscano, durante visita técnica, na tarde de sexta-feira (26/07), de uma comitiva do Governo Federal à Escola Superior de Tecnologia (EST/UEA), no bairro Parque Dez, zona Centro-sul de Manaus. O encontro foi organizado pela Agência de Inovação Tecnológica (Agin/UEA) e acompanhado por dirigentes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).Os membros do MDIC conheceram a infraestrutura e os resultados positivos de projetos como o Academia Stem e o Laboratório Saltu, contemplados com recursos de PD&I de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse último, incentivado pela TecToy, destina-se à formação de mão de obra para o mercado de jogos eletrônicos, que movimenta R$ 13 bilhões por ano no Brasil.Para o diretor do MDIC, o êxito dos projetos desenvolvidos pela EST/UEA mostra a capacidade do Amazonas na boa aplicação dos recursos da Lei de Informática na Amazônia para gerar conhecimento, treinar recursos humanos de alta qualidade e promover desenvolvimento regional. A partir de agora, segundo ele, a meta é atrair mais investimentos para a universidade.”É um case de sucesso que a gente quer replicar e incentivar mais. Quanto mais recursos vierem para a UEA, quanto mais outras ICTs públicas adotarem o caminho da UEA, quanto mais empresas entenderem que fazer parcerias com universidades ajuda em suas estratégias de negócios, melhor é para o ministério, melhor para o país, melhor para a região”, declarou Marcos Toscano.O encontro técnico foi conduzido pelo diretor da EST/UEA, Prof. Dr. Jucimar Maia Júnior, e pelo diretor da Agin/UEA, Prof. Dr. Antônio Mesquita, que representou o reitor da instituição, Prof. Dr. André Zogahib, na ocasião. “Desde o início da gestão do reitor André Zogahib e da nossa, que têm uma grande parceria nesse sentido, temos trabalhado sempre com inovação. Inovação é uma palavra de ordem para a gente. E o que pudermos fazer para mostrar o que a nossa escola é capaz de devolver para a sociedade, iremos fazer”, destacou o diretor da EST/UEA.Segundo o reitor André Zogahib, isso só demonstra todas as ações da universidade, que são planejadas e pensadas com o objetivo de desenvolver a ciência e, sobretudo, a inovação, com as características de um processo de inovação, seja a inovação incremental, seja uma inovação radical ou estrutural. “A Universidade do Estado de Amazonas está imbuída de colocar os seus esforços voltados para poder contribuir com o desenvolvimento econômico e social do estado do Amazonas”, ressaltou.*Mais recursos*Também presente à visita técnica, o superintendente adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Suframa, Waldenir Vieira, afirmou que a avaliação positiva do MDIC era esperada. “Para nós, não foi surpresa porque a gente sabe da capacidade da Escola Superior de Tecnologia. Estamos muito satisfeitos e o MDIC sai daqui muito satisfeito com o que viu”, disse.”Estamos criando políticas e vamos tentar fazer as alterações na Lei de Informática, nas regulamentações, para que mais verbas possam vir para as universidades públicas”, acrescentou o superintendente adjunto, acerca das mudanças na legislação federal que estão em discussão no Congresso Nacional atualmente.Desde 1991, a Lei de Informática na Amazônia estabelece que todas as empresas que produzem bens e serviços de informática apliquem, anualmente, 5% de seu faturamento bruto em atividades de PD&I realizadas na Amazônia, conforme propostas encaminhadas à Suframa.