A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, agência com funções semelhantes às da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afirmou ter detectado partículas virais da gripe aviária (H5N1) em leite comprado em supermercados.
Em comunicado divulgado na terça-feira (23/4) sobre o surto de gripe aviária em bovinos, a FDA afirmou que as partículas virais foram detectadas por testes laboratoriais altamente sensíveis e, provavelmente, são restos de vírus mortos durante o processo de pasteurização.
A agência considerou pouco provável que o leite contaminado possa ter infectado pessoas, mas disse que está conduzindo testes adicionais para ter certeza absoluta.
Gripe aviária em vacas
O vírus H5N1, que causa a doença conhecida como gripe aviária, vem se espalhando e matando diversas espécies de aves por todo o planeta. Neste ano, um novo nível de alerta foi instaurado pois o vírus também está se espalhando por rebanhos bovinos. Nos Estados Unidos, de acordo com as autoridades sanitárias, o vírus já foi detectado em ao menos 30 rebanhos de oito estados.
Também já foi documentado nos EUA o caso de uma pessoa que pegou a gripe aviária de uma vaca, o que abre novas possibilidades de transmissão do vírus.
Gripe aviária em humanos
A gripe aviária em humanos ocorre por meio do contato com aves doentes ou superfícies contaminadas com excreções desses animais. Nas pessoas, os sintomas são os mesmos de uma gripe comum, e o tratamento é feito com remédios antivirais comuns.
Imunodeprimidos, idosos e portadores de doenças crônicas cardíacas ou pulmonares são considerados grupos de risco, que podem apresentar sintomas mais fortes.
Segurança dos laticínios
O leite que continha partículas do vírus foi rastreado pela agência de saúde pois vinha de rebanhos infectados. Agora toda a produção das vacas doentes está sendo destruída.
Os investigadores da agência norte-americana asseguraram que os produtos lácteos à venda são seguros, pois passam por processo de pausterização. “Mesmo que o vírus seja detectado no leite cru, geralmente espera-se que a pasteurização elimine os patógenos a um nível que não represente nenhum risco para a saúde do consumidor”, afirmou o FDA.
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