A eleição para a Casa Branca nos Estados Unidos da América (EUA) está chegando e fica cada vez mais evidente que o pleito será novamente uma disputa entre o atual presidente, Joe Biden (Partido Democrata), e ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano). O resultado desta vez, entretanto, pode ser diferente. De acordo com uma nova pesquisa de intenção de votos, o republicano pode vencer a eleição.
De acordo com o levantamento feito pelo The New York Times em parceria com o Siena College e divulgado neste sábado (2/3), Trump lidera as intenções de voto com 48% do público entrevistado. Do outro lado, Biden tem apoio de 43% dos eleitores.
Ex-presidente Donald Trump discursa após ser apontado com vencedor da convenção de Iowa
President Biden Meets With Italian PM Giorgia Meloni At The White House
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U.S President Joe Biden meets PMs of UK and Australia in California
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A pesquisa também avaliou o desempenho do democrata no comando dos Estados Unidos. De cada quatro eleitores que responderam à questão, apenas um acredita que o país segue em uma direção certa.
Mais que o dobro dos entrevistados acreditam que as políticas do presidente prejudicaram a vida deles e a maioria se preocupa com a condição econômica do país. Além disso, 10% das pessoas que votaram no mandatário em 2020 decidiram mudar o rumo e vão escolher Trump nas urnas, candidato que conta com 97% dos apoiadores da última eleição.
No fim, o marido de Jill Biden ainda conta com 83% dos responsáveis por elegê-lo há quatro anos, mas registrou o mais alto índice de desaprovação do mandato, até aqui, 47%.
A avaliação pública ainda mostra queda no apoio de eleitores negros que pertencem à classe trabalhadora e são menos instruídos. Em 2020, Biden tinha apoio de 50% das pessoas dentro desse recorte demográfico, enquanto agora conta com apenas 6%.
Quem respondeu a pesquisa
Ao todo, 980 eleitores, de diferentes partes do país, foram entrevistados por meio de telefones fixos e celulares, entre 25 e 28 de fevereiro. Desse número, 823 responderam todas as perguntas, enquanto os outros 15 deixaram de responder algumas.
A margem de erro geral da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais. Entre os que responderam todas as perguntas, ela sobe para 4 pontos percentuais.
Trump leva Missouri e Michigan nas primárias
O candidato Donald Trump também conquistou os estados do Missouri e de Michigan nos caucuses, uma espécie de primárias em que os votos podem ser contados por aglomeração, organizado pelo Partido Republicano. Nos estados, ele concorria com a rival Nikki Haley pela representação final do Partido Republicano.
Trump conquistou os 13 distritos de Michigan que participaram das convenções republicanas e atingiu 98% do apoio com 1.575 votos. Nikki ficou com apenas 36.
O forte apoio reforça a possibilidade de uma disputa acirrada contra Biden durante as eleições, assim como ocorreu em 2020. No entanto, a tendência é de que Trump conquiste a vitória no estado desta vez.
Trump vence com folga as primárias republicanas na Carolina do Sul
O ex-presidente americano Donald Trump venceu as primárias republicanas na Carolina do Sul, realizadas no sábado (24/2). Ele derrotou Nikki Haley, sua adversária mais forte na disputa e ex-governadora do estado.
A vitória de Trump, embora esperada, ocorreu por uma diferença de 20 pontos percentuais, consolidando o nome do ex-presidente como candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos. As eleições ocorrerão em novembro.
Trump venceu as cinco primárias já realizadas pelos republicanos na corrida pela Casa Branca. Com o novo resultado, ele fica com todos os 29 delegados da Carolina do Sul dados ao vencedor e mais 9 dos 21 distribuídos de acordo com o ganhador em cada um dos sete colégios eleitorais do estado. Agora, o ex-presidente soma 107 delegados contra apenas 17 de Haley. Ao todo, são necessários 1.215 delegados para conquistar a nomeação do partido.
“Partido unido”
“Nunca vi o Partido Republicano tão unido como agora”, disse Trump, após a vitória. A Carolina do Sul era o local onde Haley tinha maiores chances, mas as pesquisas já apontavam que ela seria derrotada.
Ainda assim, pouco depois de o resultado ser divulgado, Nikki Haley afirmou que não deixará a disputa. “Sou uma mulher de palavra”, disse. “Não vou desistir desta luta, quando a maioria dos americanos desaprova Donald Trump e Joe Biden.”
A próxima primária acontece na terça-feira (27/2), em Michigan. Depois, está prevista a “Superterça”, em 5 de março, quando quase duas dezenas de estados e territórios americanos vão votar, com cerca de 900 delegados em disputa.