“Pronta para novos desafios”. É assim que Flávia Alvarenga se definiu ao falar sobre sua demissão da TV Globo, após 23 anos de trabalho na emissora dos Marinho. A notícia do desligamento da jornalista da empresa foi revelada na terça-feira (19/3).
“Hoje foi dia de receber muitas mensagens de carinho. Depois de quase 23 anos de trabalho, agradeço tudo que aprendi e pude fazer na TV. Pronta para novos desafios”, afirmou ela no Instagram.
Seguidores e fãs da profissional de comunicação comentaram a situação: “Flavinha, sucesso nos novos desafios! E parabéns pela trajetória de competência e ética que construiu nesses 23 anos… Vai com tudo! Boa sorte! ”, desejou uma. “Carisma, competência e comprometimento são palavras que te definem, tenho certeza que novos e melhores caminhos estão por vir! Mais sucesso ”, elogiou outra. “Toda sorte pra você nesta nova caminhada! Muita admiração pelo seu trabalho! ”, escreveu uma terceira.
De acordo com a coluna F5, da Folha de S. Paulo, Ricardo Abreu ficará no lugar da jornalista no Jornal da Globo, apresentado por Renata Lo Prete.
Flávia Alvarenga
Reprodução/ Instagram
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Sendo assim, Abreu deixa a GloboNews para atuar como repórter no Jornal da Globo. Ainda segundo o site, o convite para que Ricardo trabalhasse na TV aberta aconteceu na segunda-feira (18/3).
Flávia estava na Globo há 23 aos. Entre 2008 e 2016, ela trabalhou como apresentadora da previsão do tempo em telejornais nacionais da emissora, e passou a atuar com política em Brasília somente em 2017.
Pane ao vivo
Um problema técnico durante o Bom Dia Brasil fez a repórter Flávia Alvarenga sumir da tela do telespectador, em agosto de 2019. A jornalista falava sobre uma reunião do então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada quando, de repente, a imagem ficou completamente preta e a profissional simplesmente desapareceu.
Algumas vozes foram ouvidas ao fundo, mas não foi possível identificar o que falavam. No estúdio, Ana Paula Araújo tratou de dar uma justificativa: “Tivemos aí um problema com entrada ao vivo de Flávia Alvarenga. Daqui a pouco, a gente volta a falar com ela para mais informações”, disse.
Ana Paula, então, mudou de assunto e chamou Gerson Camarotti, que estava no estúdio em Brasília. No fim do Bom Dia Brasil, Giuliana Morrone esclareceu que Flávia Alvarenga não sumiu, mas que houve um problema técnico de corte de imagem: “Ela continua lá no Alvorada trabalhando”, afirmou.
TV Globo é alvo de ação conjunta contra demissões
O “passaralho” realizado na TV Globo em abril do ano virou caso judicial. Isso porque a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os sindicatos da categoria do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo se reuniram em uma ação conjunta para lutar contra as demissões. O comunicado, publicado no site do órgão nacional, fala em “etarismo” e “desmonte da profissão”.
“Em uma ação unitária, entidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, além da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), enviaram, na última terça-feira (4/4) um ofício à Rede Globo reivindicando uma reunião em caráter urgente para tratar das demissões que começaram a ocorrer nos diferentes estados onde a emissora está sediada”, começou.
O texto afirmou que ficaram sabendo dos cortes durante uma reunião: “Na manhã do dia 4 de abril, enquanto o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro realizava uma assembleia da campanha salarial de Rádio e TV, jornalistas foram surpreendidos com as demissões que atingiram diferentes editorias do jornalismo da Rede Globo. Ao longo da tarde, mais desligamentos foram confirmados, incluindo as praças de Pernambuco e Minas Gerais”.
O sindicato ainda continuou falando sobre as demissões: “Nas primeiras horas desta quarta-feira, 5 de abril, as demissões começaram a ocorrer em São Paulo: até o momento, ao menos seis jornalistas foram demitidos, mas a apreensão geral é que a direção da empresa anunciará mais cortes ao longo do dia”.
E completou: “Em reunião realizada com profissionais da emissora, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo salientou que a posição da entidade é a luta contra qualquer demissão, com a categoria resistindo coletivamente a esse verdadeiro desmonte de nossa profissão. Fica evidente também a posição etarista da empresa, com a demissão sumária de profissionais com décadas de experiência”, disparou a nota.
Antes de divulgar uma declaração do presidente de um dos sindicatos, o comunicado finalizou: “Diante disso, as entidades que representam jornalistas e radialistas planejam ações conjuntas para barrar as demissões, além de abrir um canal de comunicação com a Rede Globo: tal prática é, inclusive, uma obrigação de qualquer empresa que realiza demissões coletivas, como indica recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)”.
Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, disse que vão lutar pelos profissionais: “Não basta realizarmos as notas de repúdio contra as demissões. Iremos nos organizar com a categoria para resistir coletivamente às demissões e garantir dignidade a todas e todos os profissionais da Globo”.
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