O perfil do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no X (antigo Twitter), anunciou, na tarde desta segunda-feira (6/5), que não aceitará os termos de um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza. Segundo a publicação, a proposta assinada pelo Hamas está “longe das exigências de Israel”. Foi informado também que as operações militares em Rafah continuam.
O primeiro-ministro afirma que Israel não gostou dos termos do acordo com o grupo palestino. Apesar disso, o país afirmou que enviará uma delegação com mediadores para discutir todas as possibilidades.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse ao primeiro-ministro do Catar, Mohammad bin Abdulrahman Al Thani, e ao chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, ainda nesta segunda-feira, que o grupo aceita os termos de um cessar-fogo com Israel.
No último fim de semana, representantes do Hamas viajaram ao Cairo para discutir um cessar-fogo. No entanto, as partes não conseguiram chegar a um acordo de trégua.
Desconfiança de Israel com o Hamas
Segundo a agência de notícias Reuters, uma autoridade de Israel afirmou que os termos da proposta foram amenizados pelo Egito e que não pode aceitar os termos do acordo. A autoridade ainda desconfia que o Hamas aceitou o cessar-fogo para que os israelenses sejam vistos como a parte que se recusa a chegar a um compromisso.
Ainda segundo a Reuters, um representante dos palestinos afirmou que essa rodada de negociações estava “perto do colapso”. Nas últimas semanas, Israel vem afirmando que não aceitará um acordo de recuperação dos reféns israelenses se isso implicar um cessar-fogo definitivo em Gaza.
O último balanço do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, divulgado nesta segunda-feira (6/5), revela que 34.735 pessoas morreram e outras 78.108 ficaram feridas desde o início do conflito, em 7 de outubro do ano passado.