O Governo do Amazonas deverá usar aulas online, a exemplo do que ocorreu na pandemia de Covid-19, para não atrasar o conteúdo curricular durante a greve dos trabalhadores da educação que completa 9 dias nesta quinta-feira (25). A informação foi dada pelo governador Wilson Lima, em entrevista a uma rádio de Manaus. Ele disse que anunciará, nesta sexta-feira (26/05), a estratégia para manter as aulas.
Sobre a reivindicação de reajuste salarial de 25%, Wilson Lima disse que o estado tem “limitações orçamentárias”. “Por outro lado, a gente entende a necessidade de valorizar os profissionais de educação. E eu sou produto da educação. Eu sou resultado da educação. E a educação transforma e eu não vejo outro caminho mais seguro para que a gente possa construir uma sociedade cada vez mais justas. A mesa de negociação está aberta, sempre esteve aberta com o estado”, declarou.
Wilson Lima disse que a proposta de 8% está dentro da realidade financeira do estado. “E aqui eu não vou fazer nada que eu não possa cumprir”, afirmou.
“A gente sinalizou com a possibilidade de abonar as faltas dos profissionais de educação que não foram pra sala de aula e também de a gente entrar em uma negociação com a Justiça com relação à multa que está sendo imposta por se tratar de uma greve que a Justiça considera ilegal. E a contrapartida para a gente continuar negociando seria não prejudicar os alunos. A gente não pode prejudicar os alunos por conta de uma luta que é justa dos professores, mas a gente não pode comprometer a educação dessas crianças”, disse o governador.
O trabalhadores da educação em greve voltaram à frente da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, para cobrar retomada da mesa de negociação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou que o Estado entrou com uma ação para bloquear R$ 240 mil da conta da entidade, como multa pelos dias parados.