O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou o investimento de R$ 21,7 bilhões em obras de contratos de transmissão de energia, referentes a um leilão realizado pelo governo federal no ano passado. O evento, no Palácio do Planalto, previa a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas houve cancelamento da ida do chefe do Executivo.
Os contratos envolvem cerca de 4 mil quilômetros de linhas de transmissão nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins.
Segundo Silveira, a assinatura desta tarde traz “credibilidade” ao Brasil, além de gerar “mais de mil empregos, diretos e indiretos” e “inclusão social”.
Em conversa com jornalistas, o ministro disse que as Medidas Provisórias (MPs) sobre energia renovável, como eólica e solar, elaboradas pela pasta são “necessárias, porque o governo anterior foi omisso e perdeu o timing”.
As medidas são uma maneira do governo para tentar baratear o custo da conta de luz no país, em momento de queda de popularidade do presidente em pesquisas. Na segunda-feira (1º/4), Silveira e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) se reuniram com Lula no Planalto para discutir o tema.
Para o ministro de Minas e Energia, liberar esse recurso seria essencial para “quitar contas da escassez hídrica e, somado a isso, nós entendemos e os números demonstram que o que ainda sobraria de recursos nós teríamos condição de chegar aí entre 3,6% e 5% de dedução da conta de energia de todos os brasileiros e brasileiras”.
Questionado sobre a possibilidade de troca na Presidência da Petrobras, Silveira se limitou a dizer que o cargo é escolha de Lula. “Eu sou liderado pelo presidente da República”, afirmou.