O governo do Amazonas informou nesta terça-feira (06/06), que enviou, à Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) mensagem com reajuste salarial de 8% para os trabalhadores da educação e que, nesta quarta-feira (07)/06, começou a abonar as faltas dos que participaram do movimento grevista e tiveram descontos nos salários, em maio. Segundo o governo, uma nova folha de pagamento foi elaborada para depósito dos valores.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou em entrevista coletiva que a greve dos professores era um movimento político-partidário e grupos políticos utilizam professores como “massa de manobra” para candidatura em 2024.
Na mesma entrevista, ele afirmou que a proposta do governo era de repassar a correção de 8% imediatos, referentes à data-base de 2022. E governo ofereceu 15,19%, sendo 11% este ano e 4,19% só em maio de 2024. Segundo o governador, “profissionais da educação passam a ter 16% a mais do que o piso nacional”.
No dia 18 de maio, o Estado ofereceu reajuste imediato de 8% mais 7% para pagamento de forma parcelada, além da realização de estudo para o pagamento das progressões por titularidade e tempo de serviço; abono das faltas na paralisação e devolução dos descontos, autorizados pela Justiça; e negociação para o fim da Ação Pública, que considerou a greve ilegal, na Justiça.
Uma nova proposta foi apresentada à categoria, com o reajuste de 15,19%; abono das faltas; restituição imediata dos descontos; pagamento das progressões verticais e estudo para pagamento das horizontais; reposição das aulas; acordo para o fim da Ação Pública; aumento de 30% do ticket alimentação, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR).
A categoria rejeita o percentual de 8% e reivindicam 15,19% acordados durante negociação na sede do governo no dia 31 de maio, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).
Segundo o governo, a mensagem enviada à Aleam também diz que o estado vai garantir a concessão de regime complementar para secretários escolares e coordenadores distritais e regionais. As progressões verticais para 2.225 professores e pedagogos serão feitas por meio de decreto.
O Sinteam informou que não houve acordo com o governo do Estado na audiência de conciliação, mediada pela desembargadora Joana dos Santos Meirelles, no último dia 05/06.
A presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, disse que na próxima semana, haverá uma segunda audiência para tratar especificamente sobre o percentual.