O Governo do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro, intimou, nesta segunda-feira (8/4), seis responsáveis-técnicos de empresas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) para prestarem depoimento no caso que investiga a contaminação da água do sistema Imunana-Laranjal por tolueno. O Executivo também vistoriou documentos.
Ainda nesta segunda, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em empresas que possivelmente fazem o uso de tolueno durante processos de produção, próximo ao Rio Guapiaçu.
De acordo com a polícia, o objetivo da operação é identificar o responsável pelo vazamento do poluente no Sistema Imunana-Laranjal, que teve a operação paralisada entre a última quarta-feira (3/4) e sexta-feira (5/4), após a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) identificar a presença de tolueno na água.
Cerca de 2 milhões de moradores dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e na Ilha de Paquetá, todos no Rio de Janeiro, ficaram sem abastecimento de água por mais de 60 horas.
O delegado Marcus Amim, secretário estadual de Polícia Civil, disse que a força-tarefa montada pelo governo do Rio “está trabalhando ininterruptamente para identificar os responsáveis pela contaminação da água”. Já o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, reforçou que “a prioridade agora é encontrar os responsáveis por esse crime ambiental”.