O governo Lula iniciou, nas últimas horas, conversas com autoridades da Venezuela e dos Estados Unidos após os americanos anunciarem o retorno das sanções contra o regime de Nicolás Maduro.
As sanções foram anunciadas pelo governo Joe Biden nesta semana depois que a Suprema Corte venezuelana decidiu impedir a candidatura presidencial da líder da oposição no país, Maria Corina Machado.
Segundo apurou a coluna, as primeiras conversas do Brasil com autoridades americanas e venezuelanas têm sido informais e estão sendo feitas pelo Itamaraty e pelo ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula.
A equipe de Amorim no Planalto também organiza ligações oficiais do ex-chanceler para autoridades dos dois países nos próximos dias. A ideia do governo brasileiro é incluir a Noruega nessas conversas.
A inclusão do país europeu se deve ao fato de os noruegueses terem sido os principais mediadores do processo de diálogo entre governo e oposição na Venezuela desde agosto de 2021.
Em outubro de 2023, o processo culminou com um acordo entre o regime de Maduro e opositores para realizar eleições presidenciais na Venezuela no segundo semestre de 2024, com observação da União Europeia.
Sem manifestações
Enquanto realiza essas conversas, a ordem no governo brasileiro é evitar declarações oficiais e públicas sobre o assunto, para evitar impacto nas negociações de bastidores.