HÁ 20 ANOS – Tudo vai muito bem, mas poucos notam

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Assim é se lhe parece. Ou: o que importa é a versão, não o fato.

O governo é capaz de citar uma série de iniciativas que provam que ele está ativo e fazendo o bem. A impressão que dá não é essa.

O péssimo gerenciamento do episódio Waldomiro Diniz [o funcionário da Caixa Econômica envolvido em corrupção] permitiu à oposição carimbar na testa do governo três fortes marcas que lá permanecem:

  1. O governo está parado; nada acontece; nada anda;
  2. O presidente não manda; há uma crise de autoridade;
  3. O presidente é um homem despreparado; não está à altura do cargo.

Uma comunicação eficiente poderia atenuar – só atenuar – os efeitos das três marcas. Mas essa comunicação não existe.

Há duas opiniões quase consensuais dentro do governo – que por consensuais, não necessariamente produzirão consequências.

A primeira: a política econômica tem de mudar. Salvo se Lula se contentar com um só mandato e o PT com a derrota anunciada nas eleições de 2006.

A segunda opinião consensual – até mais do que a primeira: depois de quase um ano e meio, está mais do que na hora de o governo dispor de uma política de comunicação eficiente.

Tamanha é a zorra nessa área que o poderoso ministro Luís Gushiken não se entende com o poderoso marqueteiro Duda Mendonça. Mal se falam. Vivem às turras.

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