IBGE mostra os dez melhores e os dez piores municípios brasileiros em saneamento básico

AMAZONAS

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou novos dados do Censo Demográfico 2022, destacando a questão do saneamento básico em território nacional.

No ano da realização da pesquisa, o Brasil ainda registrava o equivalente a 49 milhões de habitantes sem atendimento adequado de esgotamento sanitário e 4,8 milhões de pessoas sem água encanada, apesar do crescimento desses serviços nas últimas décadas.

Apenas 739 dos 5.570 municípios do Brasil possuem um sistema adequado de abastecimento de água, o que mostra a precariedade do saneamento básico nacional.

Confira abaixo os municípios que se destacam positiva e negativamente nas questões de canalização e abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo, além daqueles que possuem banheiro exclusivo na residência.

O estado da Paraíba é um dos que possuem mais problemas de abastecimento de água no país. O município de Santa Cecília lidera a lista com 99,5% de precariedade no sistema, seguido por Baraúna, com 99,2%, e Marcolândia (PI), com 99,1%.

Sem uma rede de abastecimento estruturada, a população só conta com os caminhões-pipa para suprir sua necessidade básica.

Do lado oposto do quesito estão os municípios do Sudeste e do Sul. De acordo com o levantamento, 739 dos 5.570 municípios do país possuem um sistema de abastecimento adequado, que contemple 100% de sua população. Desses, 234 são do estado de São Paulo.

A capital paulista, no entanto, não se encontra nesse grupo, uma vez que possui 99,5% de abastecimento ideal, deixando 0,5% desprovido de água.

Quando a questão é a canalização, fazendo a água chegar às residências, os municípios nordestinos novamente são os que possuem mais problemas. E a Paraíba lidera a estatística nos três primeiros lugares: Damião, com 74,1% da cidade sem água canalizada, seguida por Algodão de Jandaíra, com 73,5%, e Riacho de Santo Antônio, com 72,5%.

Nesse quesito, São Paulo é outra vez o estado que se destaca, com 345 municípios com água 100% canalizada. A capital possui 99,9% nessa situação. No país, são 1.377 com canalização completa do sistema hídrico municipal.

Em relação à rede de esgoto, apenas cinco municípios possuem 100% das casas contempladas, segundo o IBGE: as paulistas Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul, a gaúcha Presidente Lucena e a goiana Anhanguera.

E novamente os estados do Sudeste e do Sul se destacam na estatística de maior cobertura da rede, com um sistema de tratamento adequado. A capital paulista possui 95,6% da rede nessa situação.

Se apenas cinco municípios possuem uma rede ideal de esgoto, o país também possui dois que não possuem rede alguma: Juarina, em Tocantins, e Júlio Borges, no Piauí. Nesses locais, todo o esgoto produzido pela população vai para rios ou valas abertas.

Mas a precariedade não se resume a eles. Muitas outras cidades sofrem com a falta de condições para o escoamento do esgoto e não possuem tratamento.

Outro item do saneamento básico que influencia diretamente no bem-estar da população é a coleta de lixo. Mas o levantamento do Censo 2022 mostra que ainda há muito o que ser feito para deixar o sistema aceitável.

Dos 5.570 municípios do país, apenas os 12 acima possuem 100% da coleta garantida diariamente, metade deles paulista. O estado de São Paulo, por sinal, é o que tem a melhor cobertura, com 99% das cidades.

As falhas na coleta de lixo, no entanto, estão presentes em vários estados do país. Tanto que Santa Terezinha, em Mato Grosso, é o que possui uma coleta mais inadequada, com 56,8% do seu território sem o serviço. Ele é seguido por Caturama (BA) e São Luís Gonzaga do Maranhão (MA) e outras cidades do Norte e Nordeste.

Juntamente às informações do saneamento básico, o Censo 2022 também ouviu a população sobre a estrutura de suas residências, se há ou não banheiro exclusivo para a família. O resultado mostrou que apenas 1.204 deles possuem 100% de suas casas com banheiro exclusivo, sendo 402 no estado de São Paulo, 288 em Minas Gerais e 169 no Paraná.

E outra vez os municípios que possuem mais residências sem banheiro exclusivo são do Norte e Nordeste do país. Melgaço e Bagre, do Pará, e Ipixuna e Itamarati, do Amazonas, lideram esse tópico, com mais de 60% das casas com banheiros coletivos ou sem banheiro algum.

Só três municípios possuem mais apartamentos que casas

Uma outra estatística divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira é a que mostra a prevalência de casas ou apartamentos em cada município. E apenas três possuem número maior de apartamentos em seu território: Santos (SP), com 63,5%, Balneário Camboriú (SC), com 57,2%, e São Caetano do Sul (SP), com 50,8%.

Todos os demais possuem mais casas, embora o número de apartamentos tem crescido de forma geral desde o Censo de 2010.

Dos 5.570 municípios, 729 deles possuem apenas casas, sendo 182 do estado de São Paulo. Na capital paulista, são 69,8% de casas, 29,4% de apartamentos e 0,8% de outra forma de moradia.

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