A edição do jornal Wall Street Journal desta sexta-feira (12/4) traz a notícia de que o Irã pode fazer uma incursão terrestre contra Israel entre 24 e 48 horas. E cita uma autoridade dos Estados Unidos e relatórios de inteligência do país.
A tensão entre os dois países, que sempre existiu, piorou desde a invasão do grupo extremista Hamas, que acabou com a morte de mais de 1.200 civis e militares israelenses em 7 de outubro do ano passado. E atingiu o pico com o ataque ao consulado iraniano na Síria no dia 1º de abril.
O ato, supostamente feito por Israel, matou vários comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, incluindo dois generais. Jerusalém não confirma.
Até por isso, o país do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu entrou estado em alerta máximo, uma vez que as autoridades iranianas começaram a anunciar vingança desde então.
De acordo com o Wall Street Journal, um funcionário dos EUA envolvido no assunto afirmou que os relatórios da inteligência americana indicam um ataque retaliatório iraniano nos próximos dias, “possivelmente em solo israelense”. Israel sabe disse e se prepara tanto no sul quanto no norte do país.
Decisão do Irã ainda não foi tomada
Entretanto, o mesmo relatório traz a informação de nenhuma decisão final foi tomada por Teerã. O certo é que a Guarda Revolucionária Islâmica deu ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, diversas possibilidades de ataque, incluindo terrestre e com mísseis de médio alcance.
Na análise feita por especialistas no jornal norte-americano, Khamenei considera que uma ação assim pode ter resultado oposto. Israel, por exemplo, tem potencial para interceptar mísseis e responder com uma força ainda maior.
“Os planos de ataque estão diante do líder supremo e ele ainda está avaliando o risco político”, afirmou um conselheiro ao jornal.
Em Israel, o porta-voz das Forças de Defesa, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que o país se encontra “em alerta e altamente preparado para vários cenários, e estamos constantemente avaliando a situação”.