O ataque ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, teve resultados rápidos, pelo menos nas palavras. O país e o grupo Hezbollah prometeram, nesta terça-feira (2/4) que vão responder à ação, atribuída a Israel, que destruiu o prédio e matou sete pessoas, incluindo dois generais iranianos.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã teria se reunido ainda na noite de segunda (1º/4) e decidido que uma resposta era “necessária”, nas palavras da TV estatal daquele país. O presidente Ebrahim Raisi capitaneou o encontro.
Raisi definiu o ataque com “crime covarde” e afirmou que tal ato “não ficará sem resposta”.
“Depois de repetidas derrotas e fracassos contra a fé e a vontade dos combatentes da Frente de Resistência, o regime sionista colocou assassinatos cegos na sua agenda na luta para se salvar”, acrescentou a sua declaração.
O presidente, no entanto, não detalha como será essa resposta, principalmente se usará de forma solitária ou usará grupos terroristas como o Hezbollah, do Líbano, e os rebeldes Houthi, do Iêmen.
O ataque aéreo ao consulado na Síria matou o general Mohammad Reza Zahedi, líder da Força Quds até 2016, e o vice de Zahedi, general Mohammad Hadi Hajriahimi. Outros cinco outros oficiais também perderam a vida.
Como Zahedi tinha laços estreitos com o Hezbollah, o grupo também se expressou. “Este crime certamente não passará sem que o inimigo receba punição e vingança”, prometeu o grupo terrorista.
Israel e EUA não assumem ataque a consulado do Irã
Israel não assume o ataque, assim como não costuma comentar ataques específicos na Síria. Mas não nega ações contra grupos que o Irã apoia, como o próprio Hezbollah. Na verdade, as trocas de tiros e incursões contra os terroristas têm sido diários nas fronteiras.
De acordo com a agência de notícias oficial do Irã, o Irã enviou mensagem aos Estados Unidos ao mesmo tempo em que convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. Isso porque os iranianos responsabilizam também os Estados Unidos pelo ataque.
Os EUA, por seu lado, certificam não terem nenhum envolvimento ou conhecimento prévio da ação contra o consulado na Síria.