São Paulo — Os irmãos Juliano Oliveira Ramos e Jonathan Fagundes Ramos confessaram participação no assassinato de uma família em Santo André, na Grande São Paulo, em 2020. Eles são acusados de roubar, matar e queimar Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, e o filho deles, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15 anos.
O crime ainda teria a participação de Anaflávia Martins Gonçalves, filha mais velha do casal, de Carina Ramos de Abreu, então namorada de Anaflávia, e de Guilherme Ramos da Silva, vizinho da família assassinada. Todos eles foram condenados em junho, e cumprirão penas que, somadas, chegam a 192 anos em regime fechado.
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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o júri dos irmãos começou às 10h40. A princípio, seriam ouvidas 12 testemunhas, mas as partes dispensaram todas e realizaram o interrogatório dos réus. Após intervalo, o júri foi retomado às 13h, com os debates. No momento, a acusação tem a palavra. Em seguida, será a vez da defesa. Pode haver réplica e tréplica, mas ainda não se sabe. Depois, o Conselho de Sentença se reunirá para votar os quesitos e decidir.
O crime
O casal de empresários, Romuyuki e Flaviana, e o filho deles, Juan, foram mortos com golpes na cabeça durante um assalto na casa em que moravam, em um condomínio fechado em Santo André.
O quinteto entrou na residência da família, com a ajuda de Anaflávia, para roubar R$ 85 mil que estariam num cofre. Mas o dinheiro não foi encontrado e eles levaram pertences das vítimas e decidiram matá-los.
Eles foram acusados pelo Ministério Público de roubo, homicídio doloso qualificado – por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas –, ocultação de cadáver e associação criminosa.
“As rés Anaflávia e Carina agiram por cobiça, pretendendo alcançar o patrimônio das vítimas. Quanto aos acusados Jonathan, Juliano e Guilherme, a prova oral indica que agiram mediante promessa de recompensa”, escreveu o juiz que analisou o caso em decisão de 2022, que levou os acusados a júri.
Anaflávia foi condenada a 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, em regime inicial fechado. Carina cumprirá pena de 74 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado e Guilherme recebeu a sentença de 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, também em regime fechado.