De outro lado, caças israelenses atacaram neste domingo locais do Hezbollah no leste do Líbano, onde o grupo apoiado pelo Irã tem uma forte presença, em retaliação ao abate de um de seus drones.
Memória
Há exatos seis meses, em 7 de outubro de 2023, Israel declarou guerra contra o Hamas após uma ação surpresa. Na ocasião, membros do grupo extremista invadiram o território israelense em uma ação que resultou em 1,2 mil mortes — entre as vítimas, três brasileiros — e mais de 200 foram levados reféns.
Em resposta, Israel passou a bombardear a Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU), com base em informações do Ministério da Saúde local, que é dominado pelo Hamas, divulgou que mais de 33 mil palestinos morreram, sendo que pouco mais de um terço do montante seria formado por crianças.
Além dos bombardeios, as Forças de Defesa de Israel passaram a realizar incursões terrestres na região, começando pelo norte da Faiza de Gaza. De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, cerca de 1,7 milhão de pessoas se deslocaram internamente.
A ação foi aliada a um cerco à região, o que expôs os mais de 2 milhões de habitantes do enclave palestino à escassez de recursos básicos, como água, alimentos e remédios. Foi com a pressão internacional que Israel liberou a entrada dos primeiros caminhões com ajuda humanitária, após mais de duas semanas de guerra.
No fim do mês de novembro de 2023, ambos os lados da guerra firmaram um acordo. Por sete dias de trégua, tanto Israel quanto o Hamas interromperam as ofensivas, de forma a permitir a libertação de reféns, pelo lado dos extremistas, em troca da libertação de prisioneiros palestinos, do lado de Israel.
Durante a vigência do acordo, o Hamas libertou 105 reféns que haviam sido capturados no ataque de 7 de outubro a Israel. Desse grupo, 81 são israelenses, e 24, estrangeiros, sendo estes negociados fora do acordo.
A guerra, porém, foi retomada e segue sem interrupção, apesar das pressões internacionais. O Conselho de Segurança da ONU aprovou, no fim de março, uma resolução que pedia um cessar-fogo, mas o texto não foi acatado por Israel.