O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) negou o pedido de prisão domiciliar para Jorge José da Rocha Guaranho, ex-policial penal que matou o guarda municipal petista Marcelo Arruda.
Na decisão liminar de quinta-feira (11/4), o desembargador substituto Sérgio Luiz Patitucci entende que Jorge deve permanecer preso até o júri popular, marcado para 2 de maio. O júri foi adiado depois que os advogados do ex-policial abandonaram o fórum de Foz do Iguaçu (PR) em 4 de abril.
Jorge invadiu a festa de aniversário de Marcelo e o matou a tiros em 9 de julho de 2022. Era o aniversário de 50 anos de Marcelo, que tinha como tema o então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marcelo era ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu.
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Enterro de Marcelo Arruda
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Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda
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No pedido de soltura de Jorge, os advogados defendem que ele não teria atendimento médico adequado. Segundo a defesa, o ex-policial sofreu uma queda na prisão enquanto tomava banho e fraturou o braço esquerdo, ficando sem atendimento por quase 12 horas.
O desembargador, por sua vez, entendeu que não havia provas dessa falta de atendimento médico e decidiu que “não se verifica a ocorrência de ilegalidade que justifique a substituição da prisão preventiva em prisão domiciliar, ainda que mediante monitoração eletrônica”.
O advogado Daniel Godoy, assistente de acusação da família do petista assassinado, comemorou a decisão. “O que se espera é que esse julgamento seja realizado na data fixada pelo juízo, sem novas intercorrências que acarretem prejuízo na realização da justiça para Marcelo Arruda”.