A Latam culpou a ração pela morte de um cachorro que morreu no porão de um avião da empresa em 2021. A informação foi enviada à Justiça de São Paulo em janeiro, em uma tentativa de a Latam evitar pagar R$ 40 mil de danos morais pela morte do cão Weiser. O caso é semelhante ao do cachorro Joca, que morreu num voo da Gol na última segunda-feira (22/4).
O casal Giuliano e Nathalia Conte processaram a Latam em 2022 depois que seu cachorro Weiser, da raça American Bully, morreu durante um voo da firma entre Guarulhos (SP) e Aracaju no ano anterior. O animal foi transportado em uma caixa de madeira, que foi roída. Giuliano e Nathalia Conte pediram R$ 50 mil em danos morais.
Latam culpa ração pela morte de cachorro em voo
Reprodução
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Em julho de 2023, a juíza Carolina Bertholazzi mandou a Latam pagar R$ 10 mil de danos morais. A empresa pagou a indenização. O casal recorreu: voltou a cobrar os R$ 50 mil, o que a empresa rejeitou. Em janeiro deste ano, a Latam trouxe um argumento novo: a ração dada pelos tutores. O recurso ainda não foi julgado.
“O cão havia ingerido ração momentos antes da viagem, sendo que tal ingestão, reitere-se, se deu por orientação dos próprios apelantes, e, muito provavelmente veio a óbito por tal razão”, escreveu a Latam, que também acusou o casal de tentar “inflamar a Justiça a fim de receber quantia sabidamente indevida”.
Procurada, a Latam não comentou o caso. A companhia aérea afirmou que em 2024 suspendeu a exigência de peso máximo de sete quilos para animais nas cabines dos aviões.
Nos últimos dias, o cachorro Joca, da raça Golden Retriever, morreu em um voo da Gol. O cão deveria ser levado de Guarulhos para Sinop (MT), mas foi transportado para Fortaleza. O assunto mobilizou o governo Lula. Na quarta-feira (24/4), disse Lula, usando uma gravata em homenagem ao animal:
“Acho que a Gol tem que prestar contas, acho que a Anac tem que fiscalizar isso e acho que a gente não pode permitir que isso continue acontecendo no Brasil”. A primeira-dama, a socióloga Rosângela Silva, disse que o cachorro foi “tratado como carga, e não como ser vivo”. O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apuram o caso.