Lesa Pátria: PF apreendeu milhares de dólares e euros em Palmas (TO)

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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (29/2), 34 mandados de busca e apreensão referentes à Operação Lesa Pátria. Com um dos alvos, Frederico Moraes de Barros Carvalho, a PF apreendeu US$ 110 mil, 26 mil euros e 77 armas em Palmas (TO). Além de Frederico, foram cumpridos mais oito mandados para investigar os organizadores e financiadores do ato que fechou a ponte entre Palmas e Luzimangues, após o resultado da eleição presidencial de 2022.

A defesa de Frederico Moraes alegou que as armas fazem parte de uma coleção comprada nos Estados Unidos, país que ele tem dupla cidadania, e que, assim como os dólares e euros, entraram no Brasil de forma legal. A defesa também ressaltou que Frederico não foi a nenhuma manifestação em Brasília, e não participou dos acampamentos em outubro de 2023.

Em decisão que autorizou as buscas, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, destacou que “a investigação reúne indícios da prática de crimes cometidos no contexto das manifestações antidemocráticas ocorridas em Palmas, após a proclamação do resultado das eleições presidenciais de 2022 pelo Tribunal Superior Eleitoral”.

Segundo a decisão, foi possível identificar cerca de 50 pessoas envolvidas no ato, porém o foco das buscas feitas, hoje, foram aqueles que tiveram um “papel de protagonismo” na organização. Entre os investigados estão dois coronéis da Polícia Militar do Tocantins e lideranças religiosas.

Investigados

Valter Nogueira, um dos investigados, contou na sede da PF que participou de “manifestações pacíficas em Palmas, no QG, na ponte. Porém, não fizemos nada de quebradeira, não participamos do ato de 8 de janeiro em Brasília. Enfim, estamos aqui para esclarecer qualquer coisa que a polícia perguntar”.

Já o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Clauber de Abreu Martins afirmou que participou de movimentos pacíficos, mas que isso “não significa que a minha participação seja uma participação efetivamente um ato de 8 de janeiro, né, que onde teve a gravidade maior. Graças a Deus, eu tenho a consciência limpa”.

Thiago Marasca Mouro, outro investigado, revelou que a PF apreendeu celulares, documentos e notebooks dele e de sua esposa e destacou que, em “8 de janeiro, eu já tinha saído das manifestações, eu não estava em Brasília. Estou sendo investigado por participar das manifestações aqui na Ponte Fernando Henrique Cardoso. Que foram manifestações pacíficas, ao meu ver, democráticas e que expressavam a opinião do povo. Eu estava lá como manifestante, entretanto muitas pessoas gostam de olhar para mim como líder, mas não havia um coordenador”.

A decisão de Alexandre de Moraes também determinou a quebra do sigilo de dados telefônicos, suspensão de portes de armas e de passaportes, assim como o bloqueio das redes sociais dos investigados.

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