Conhecido como líder da retomada Kamakã Mongoió em Casa Branca, Brumadinho (MG), o cacique Merong Kamakã Mongoió foi encontrado morto na manhã dessa segunda (4/3). A Polícia Militar diz que o caso trata-se de um suicídio.
O corpo do cacique deve chegar e ser sepultado na manhã desta quarta-feira (6/3).
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) lamentou a morte de Merong e prestou solidariedade para a família e amigos.
Natural de Contagem (MG), o líder indígena se mudou para a Bahia na infância. “Para o cacique, a terra significava vida e espiritualidade, razão para defendê-la ao máximo e em qualquer circunstância”, disse a Funai em nota.
“Quando criança, a vida era mais difícil porque não vendia o artesanato para subsistência, e também não tínhamos programas de apoio dos governos, o que pesava para uma família de seis irmãos”, escreveu o Museu do Índio.
Atuação do cacique Merong em Brumadinho
De acordo com descrição da Funai, o cacique estava à frente da Retomada Kamakã Mongoió no Vale do Córrego de Areias, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A Fundação destacou que: “além de liderar as ações em prol dos direitos de seu povo, Merong militava em defesa dos territórios de outras comunidades, como a Kaingáng, Xokleng e Guarani”.
Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o líder indígena também atuou no Rio Grande do Sul. Lá participou ativamente da Ocupação Lanceiros Negros.