O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende fazer uma viagem à Guiana, no próximo mês de fevereiro, para participar da cúpula do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom). O bloco reúne 20 nações caribenhas, entre elas, 15 países-membro e outros cinco associados.
A viagem deve ocorrer após a visita do chefe do Planalto ao continente africano. Lula partirá rumo ao Egito para cumprir agendas em 15 e 16 de fevereiro, e de lá segue para Adis Abeba, na Etiópia, onde participa da Cúpula da União Africana em 17 e 18 de fevereiro.
A cúpula na Guiana está marcada para 28 de fevereiro. O Brasil participará do evento como convidado, uma vez que não integra o bloco.
Disputa territorial
Tensões entre Venezuela e Guiana estão altas desde o fim de novembro, quando o presidente venezuelano Nicolás Maduro reivindicou a região de Essequibo. Por mais de uma vez, Lula se disponibilizou a mediar o conflito em solo brasileiro.
Em dezembro, o chefe do Planalto se manifestou sobre a escalada do embate entre os dois países e defendeu esperar que o “bom senso prevaleça”. O petista lembrou que o Brasil apoia a sentença da Corte Internacional de Paris, que estabelece a região como território guianense.
O governo Maduro, no entanto, sustenta-se, no Acordo de Genebra de 1966 (realizado com o Reino Unido), o qual reconhece a reivindicação venezuelana;
No entanto, o ministro da Defesa, José Múcio, alertou: “Não podemos permitir que um país agrida o outro nos usando, nossos caminhos. Tenho muita certeza de que isso vai ser resolvido na melhor mesa de batalha que existe, o melhor campo de batalha: a negociação”.