Com 2,066 milhões de habitantes, e crescendo horizontalmente, Manaus é uma cidade difícil de administrar. Bairros surgem todos os anos – produto de uma indústria de invasão sem controle, enquanto crescem demandas por serviços como construção de escola, posto médico, serviço de água, saneamento, asfalto, educação e segurança.
O orçamento é pequeno: R$ 9 bilhões, dos quais cerca de R$ 4 bilhões gastos com servidores e encargos sociais, outra fatia com dívida pública. Sobra pouco para asfalto – que é o grande anseio das “comunidades”.
Paralelo a isso, o tamanho da cidade não permite uma administração presente. Bairros inteiros terminam isolados sob o controle do crime organizado.
Desconcentrar a administração é o grande desafio da próxima gestão municipal, e isso passa pela criação de subprefeituras, com dois objetivos. O primeiro deles é mostrar que o governo está presente e ouve a população. O segundo, voltar a ocupar áreas tomadas por organizações criminosas, que precisam ser extirpadas, devolvendo o espaço publico para o cidadão, com as garantias e direitos que cabe ao Estado e ao Município assegurar.