Manteiga e 22 ovos por dia: os riscos da dieta que viralizou no TikTok

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E mais um plano alimentar um tanto quanto “peculiar” repercutiu no TikTok: uma mulher relatou, na rede social, que a sua dieta diária consiste em comer uma barra de manteiga pura e 22 ovos por dia.

A polêmica publicação já rendeu mais de um milhão de visualizações na plataforma — e não para menos, já que o vídeo começa com a moça mordendo um pedaço de manteiga.

A jovem compartilhou um pouco do seu cardápio: durante o dia, come 10 ovos mexidos em sebo bovino. Já no jantar, consome 12 ovos cozidos moles somados a um bife com 80% de proteína e 20% de gordura. Segundo a jovem, eis aí o cardápio que faz com que ela mantenha o peso ideal.

Apesar do conteúdo ter rendido milhões de curtidas e compartilhamentos, é preciso muita cautela antes de se deixar influenciar, afinal, esse perfil de cardápio pode colocar a saúde em risco.


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Para se ter ideia, a ingestão diária de colesterol não deve exceder 300 mg. Uma unidade de ovo oferece cerca de 185 mg de colesterol. Logo, já dá para ter ideia de que uma dieta com 22 unidades de ovos excede o valor seguro do consumo dessa gordura.

Além disso, outro fator que necessita muita cautela é sobre a ingestão excessiva de gordura saturada, que tem grande correlação com as doenças cardiovasculares. As gorduras de fonte animal, predominantemente presente nas carnes, ovos, leites e queijos gordos e manteiga, devem ser ingeridas com muita moderação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão desse tipo de gordura não exceda 10% das nossas calorias diárias. Logo, para uma dieta com 2.000 calorias, apenas 200 calorias, no máximo, devem ser de gorduras saturadas.

Se não bastassem esses pontos, um último fato que não escapa do perigo é o excesso de trimetilamina (TMA) produzido no organismo a partir do alto consumo de alimentos de origem animal, como ovos e carnes em excesso.

A quem não sabe, a molécula de TMA, quando em excesso, sofre oxidação no fígado, formando óxido de trimetilamina (TMAO), ou seja, um corpúsculo ligado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, que reforça o perigo dessa medida.

Dessa forma, inúmeras razoáveis questões são suficientes para constatar o perigo desse tipo de abordagem. Fica o alerta aos telespectadores da rede vizinha antes de se inspirarem em modelos dietéticos que representam uma verdadeira ameaça à saúde.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica



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