O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, conseguiu afugentar as possibilidades de ser afastado do cargo pelos próprios partidários. Havia uma ala, tomada por bolsonaristas, que queria o comando do partido, mas ela não teve apoio fora desse núcleo político.
A ideia dos bolsonaristas era alegar que o cacique não teria mais condições de comandar o partido em ano de eleição e convocar uma intervenção na sigla. Por determinação do Supremo Tribunal Federal, Valdemar não pode falar com Jair Bolsonaro, o maior puxador de votos do partido.
Para driblar a proibição, Bolsonaro e Valdemar elegeram o senador Flávio Bolsonaro como o interlocutor entre eles. Caberá ao filho 01 ser o “garoto de recados” e o principal organizador do Partido Liberal na eleição de 2024, até que a sanção caia.
Ontem (14/02), a defesa de Jair Bolsonaro pediu que o contato com Valdemar volte a ser autorizado. Os advogados do ex-presidente disseram que a proibição pode trazer “prejuízos irreparáveis” ao exercício democrático e ao processo eleitoral.
Com a proibição, Valdemar já é ausência certa na manifestação de 25 de fevereiro, convocada por Bolsonaro. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já confirmaram que vão.