Marielle: frase dita por suspeito de planejar morte choca vereadores

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Vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro estão em choque com um relato feito pelo então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, em uma reunião ocorrida menos de um mês após a execução de Marielle Franco.

Às onze horas da manhã de 4 de abril de 2018, Rivaldo Barbosa recebeu em seu gabinete seis vereadores que integravam uma comissão temporária para acompanhar a intervenção na segurança pública do estado, comandada pelo general Braga Netto.

Antes mesmo que algum dos parlamentares lhe fizesse perguntas, o chefe da Polícia Civil se antecipou:

“Meu objetivo principal é solucionar o assassinato da Marielle. Nós éramos amigos de longa data, desde antes de ela ser vereadora”, disse. Preso neste domingo (24/3) por suspeita de arquitetar a execução, o delegado Rivaldo Barbosa continuou:

“Marielle fazia parte da Comissão de Direitos Humanos da Alerj [na equipe do deputado Marcelo Freixo]. E por isso me trazia muitos casos de denúncias que recebia, já naquela época. Sou amigo, inclusive, da família dela. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance”. A lembrança do relato, seis anos após a execução, embrulha o estômago dos vereadores presentes.


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Rivaldo Barbosa é citado nas investigações como o mentor do assassinato de Marielle Franco.

A Polícia Federal aponta que ele teria instruído que a execução não ocorresse no trajeto que a vereadora fazia para a Câmara Municipal, de modo a evitar a que a investigação caísse nas mãos da Polícia Federal, por ser crime político.

Governador presente

Entre os seis vereadores que participaram da reunião com Rivaldo Barbosa, estava o hoje governador do Rio, Cláudio Castro (PL). Na época, o então parlamentar integrava as fileiras do PSC.

O atual presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado (PSD), também foi ao encontro. Ele comandava a comissão criada para acompanhar a intervenção federal no estado.

Rivaldo Barbosa estava acompanhado de sua subchefe de gabinete, delegada Gisélia Miranda.

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