Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid respirou aliviado com a divulgação, na sexta-feira (15/3), dos depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas sobre a suposta tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente após as eleições de 2022.
A aliados, Mauro Cid avaliou que os depoimentos do general Freire Gomes e do tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica de Bolsonaro, respectivamente, tiram a pressão sobre ele na investigação.
“Deixei de ser importante. Depois de depoimento do ex-comandante do Exército e da Aeronáutica, quem sou eu na fila do pão”, afirmou o tenente-coronel a um aliado, de acordo com relatos feitos à coluna.
Em conversas reservadas, o ex-ajudante de ordens comemorou dois pontos dos depoimentos que teriam sido positivos para ele. O primeiro seria mostrar que Cid teve um papel menor do que se especulava até então na suposta trama golpista investigada.
Para o militar, as oitivas mostram que ele teria sido mais um instrumento para se chegar até Bolsonaro do que um protagonista nas articulações. “Os depoimentos deixam claro que sou menos importante do que todo mundo falava”, afirmou Cid a um interlocutor.
O segundo ponto comemorado pelo militar seria a indicação dada pelos depoimentos de que ele não “jogou contra” o Exército. Na avaliação de Cid, isso teria ficado claro quando Freire Gomes disse que relatava ao então comandante toda a pressão golpista sob Bolsonaro.