MDB acusa Boulos de “propaganda ilegal” por leques doados em blocos

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São Paulo – O Diretório Municipal do MDB de São Paulo pediu nesta quinta-feira (15/2) que o Ministério Público do estado instaure uma investigação sobre a distribuição de leques com supostas mensagens de apoio ao pré-candidato à prefeitura da capital Guilherme Boulos (PSOL) durante blocos de Carnaval. Segundo o diretório municipal, que apoia o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), há indícios de propaganda eleitoral antecipada e até caixa 2.

“A ação constituiu na farta distribuição de brindes ao público, como leques com slogans promocionais da pessoa do pré-candidato Guilherme Boulos, bem como na distribuição de materiais de propaganda a seu favor, associando-o à festa pública de rua e aos ‘blocos’ de carnaval que lhe serviram de palanque”, diz a representação.

“Concomitantemente à distribuição desses materiais e brindes, o pré-candidato [Boulos] se fez ostensivamente presente em vários desses eventos, havendo ocasiões em que ele mesmo subiu nos palcos móveis e trios elétricos desses eventos na tentativa de ser ovacionado por claques e por militantes previamente mobilizados e organizados para essa promoção pessoal em festa comunitária”, continua o documento.

Os leques citados pelo diretório do MDB continham figuras de bolo, que seriam referências ao sobrenome do pré-candidato do PSOL: “Fica vai ter (figura de bolo)” e “SP + gostoso com (figura de bolo)”.


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Segundo a representação, a distribuição dos leques ocorreu em blocos em diferentes regiões da cidade, como o Bloco do Fuá, na Bela Vista, e o Bloco Cordão Amigos Prato do dia, na Barra Funda.

“É necessária a instauração de investigação, portanto, para a identificação não apenas do responsável pela farta distribuição desse material – com o evidente conhecimento de Guilherme Boulos –, mas também para a identificação das gráficas que imprimiram o material, o seu custo, e a identificação do responsável pelo seu pagamento”, diz o documento.

Para o diretório do MDB, a prática configura um gasto antecipado e não contabilizado de campanha eleitoral, o que ficaria enquadrado como caixa dois.

O Metrópoles procurou a campanha do pré-candidato Guilherme Boulos para comentar a representação e, até o momento da publicação desta reportagem, não obteve retorno.



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