Mergulho Noturno, filme da Universal Pictures e que leva a assinatura da Blumhouse, chega aos cinemas nesta quinta-feira (17/1). Entretanto, o longa buscou traumatizar as pessoas que adoram pular na piscina, mas, com um fraco enredo, errou feio em sua principal proposta. Confira o trailer aqui.
O filme conta a história de Ray Waller (Wyatt Russel), jogador de beisebol que se aposentou após sequelas da esclerose múltipla. Ao lado de sua esposa Eve (Kerry Condon) e dos filhos Elliot (Gavin Warren) e Izzy (Amélie Hoeferle), o atleta se muda para uma casa bem grande e que conta com uma piscina.
Entretranto, o que eles não esperavam é que o local mantinha uma antiga maldição e um segredo obscuro.
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O filme é dirigido por Bryce McGuire, o mesmo que fez o homônimo em 2014, e que deu origem ao de 2024. O longa começa bem, com a imagem de uma criança desaparecendo após entrar na piscina de sua casa e traz um enredo comum em filmes de terror: sinais de luzes e um brinquedo dão “origem” aos acontecimentos bizarros.
Como o próprio nome do filme sugere, as bizarrices acontecem (quase que em sua totalidade )no período da noite. Logo depois de Rebecca sumir, a produção traz a família Waller para a casa e entram em cena um elenco para lá de interessante.
Russel trabalhou em Monarch — Legado de Monstros e Anjos da Lei 2—, enquanto Condon disputou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Os Banshees de Inisherin. Entretanto, os atores não chegam ao ápice de atuação e deixam um pouco a desejar. Não pelo talento, mas pelo filme em si.
Outro ponto positivo são algumas jogadas de câmera, que trazem um jumpscare de maneira criativa, como quando Eve ou Elliot estão nadando à noite. A fotografia também tem bons momentos no filme. Até aqui, tudo é uma surpresa para a família, que não faz ideia do que está para acontecer, mesmo com aparições e acontecimentos sobrenaturais.
O problema começa a atormentar os moradores da casa quando, durante um churrasco com a vizinhança, durante a tarde, a matriarca da família descobre sobre os acontecimentos e Ray Waller tem uma espécie de possessão. Os demais personagens, que são apresentados nesse momento, e em alguns anteriores, de nada acrescentam à trama e não são interessantes.
A partir daqui, a piscina de pontos positivos começa a ficar cada vez mais rasa e o filme entra em uma decadência de acontecimentos. Para quem gosta de filmes de terror, tudo daqui para frente passa a ser previsível e as tentativas de sustos acabam não sendo mais efetivas — isso se em algum momento foi.
A criatura que aparece não empolga, muito por conta da computação gráfica utilizada pelo filme. Ainda, o fato de ter um “multiverso” de coisas sobrenaturais também não agrada. De fato, uma parte que chama a atenção é quando a produção destrincha o que aconteceu em 1992, quando a criança do início das ações “some” na piscina.
Com poucos acertos, que são corroborados com ainda mais erros, o filme não chega a empolgar e pode ser deixado de lado sem qualquer medo. Ah, e se você ficou receoso por ficar traumatizado em pular na piscina após a obra, não precisa se preocupar: assistindo ou não, isso não deve acontecer.