Ministério vai apoiar memorial em centro de tortura na ditadura

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O Ministério dos Direitos Humanos vai apoiar a criação de um memorial na Casa da Morte em Petrópolis (RJ), centro clandestino de tortura usado pelo Exército nos anos 1970. No último dia 19, a pasta informou formalmente à Prefeitura de Petrópolis que firmará um convênio pela iniciativa em memória das vítimas da ditadura militar. O valor e a forma de captação do convênio ainda serão definidos.

A Casa da Morte foi usada pelo Exército para prender e torturar adversários da ditadura militar durante os anos 1970. Estudos estimam que pelo menos 22 pessoas foram mortas no local. Apenas uma vítima saiu de lá viva, a militante Inês Etienne Romeu, que foi estuprada e espancada ao longo de 96 dias. Parte do funcionamento do centro de tortura foi admitida publicamente em 2012 pelo coronel Paulo Malhães, que atuou na Casa da Morte.

O Ministério dos Direitos Humanos vem fazendo reuniões com a Prefeitura de Petrópolis, o Ministério Público Federal e a Universidade Federal Fluminense. Após um pedido da pasta, no último dia 22 a prefeitura começou oficialmente o processo de desapropriação do imóvel. A universidade federal deve ser a gestora do espaço e também participará do convênio.

As negociações ocorrem a dois meses do aniversário de 60 anos do golpe militar no Brasil. A ditadura, que durou de 1964 a 1985, matou opositores, fechou o Congresso e censurou as artes e a imprensa.

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