Ministros do núcleo duro do governo Lula estranharam um detalhe da mais recente operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e auxiliares: a ausência de parlamentares na lista dos alvos.
Em conversas reservadas, auxiliares do atual presidente da República chamaram a atenção para o fato de a operação da quinta-feira (8/2) não ter atingido nenhum parlamentar bolsonarista.
Diante desse cenário, a aposta no Palácio do Planalto é de que a PF deverá realizar uma nova fase da Operação Tempus Veritatis, desta vez mirando apenas deputados federais e senadores.
Autorizada pelo STF, a operação da quinta apreendeu o passaporte de Bolsonaro e proibiu o ex-presidente de manter contato com outros investigados, mesmo que por meio de advogados.
A PF também realizou buscas na casa de ex-ministros e aliados de Bolsonaro e na sede do PL, além de ter prendido ao menos dois ex-assessores dele: Filipe Martins e Marcelo Câmara.
A operação investiga investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.
Nas últimas semanas, parlamentares bolsonaristas também foram alvos da PF, mas em outras investigações. Entre eles, Alexandre Ramagem e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro.