Moradores vão votar expulsão de condômino por ameaças a síndica do DF

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Moradores do Bloco H da 210 Norte vão se reunir em assembleia, na noite desta quarta-feira (31/1), para decidir sobre a expulsão de um condômino que teria ameaçado a síndica do prédio, Sílvia Perez, por supostamente não aceitar cumprir regras de convivência nem arcar com custos relativos à administração do edifício.

Marx Amaro Motta foi denunciando por intimidar Sílvia com pichações e xingamentos nas paredes do condomínio, além de ter depositado lixo – como ovos quebrados, cascas de banana, vinagrete e até preservativos aparentemente usados ou fezes – na caixa de correio da gestora.

Cenas chocantes revelam a rotina de terror que a síndica de 59 anos vive, após os surtos do morador relatados por ela.

“[Na assembleia], votaremos tanto a multa que precisamos impor, que é a última medida administrativa possível e prevista no Código Civil, de 10 vezes o valor do condomínio, [quanto] o segundo item da assembleia, que é a expulsão dele [do condomínio], detalhou ao Metrópoles.

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Caso a expulsão de Marx seja aprovada pela maioria dos moradores, a síndica entrará com um pedido judicial para remoção dele do condomínio, devido às “reiteradas infrações e condutas antissociais [de Marx], em razão da impossibilidade de manutenção da vida comum e de manutenção da segurança e da paz”.

“As atitudes que ele apresenta são um risco à comunidade. Os moradores estão muito inseguros, temerosos e me cobrando uma atitude. Ao mesmo tempo, eles se solidarizam [face] aos impropérios que ele comete”, disse Sílvia.

Medida protetiva

Além disso, Marx cometia as infrações, inclusive por meio do envio de e-mails com ameaças veladas, desde 2020. As atitudes do condômino geraram diversas ações judiciais, e a síndica entrou com um pedido de medida protetiva contra ele em novembro de 2023.

A situação, no entanto, piorou nos últimos dois meses. “Acho que, na segunda-feira [29/1] ou no domingo [28/1], ele fez uma pichação grande, xingando-me de ‘piranha’ próximo aos escaninhos [do prédio]. Ele colocou preservativos, inclusive aparentemente usados, e comida estragada. Ele serrou o armário [do correio], além de ter cortado a porta [dele] em duas partes”, detalhou a administradora do edifício.

Em uma das marcações na parede, Marx escreveu sobre uma suposta taxa de 20%. Porém, Sílvia afirmou haver uma confusão a respeito: “Ele se confunde, pois não é cobrado pelo condomínio 20% de nada. Agora, quando [uma dívida] vira uma ação [judicial], o juiz determina honorários advocatícios, mas a multa e os juros cobrados são os previstos na legislação”.

“Eu me sinto insegura, porque estou esperando o resultado de um pedido de medida protetiva, que está desde novembro para ser despachada. Registrei vários boletins de ocorrência nesse período e não vejo as coisas acontecerem”, desabafou a síndica.

Metrópoles tentou contato com a defesa de Marx, mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.



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