São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou nesta terça-feira (19/3) a Operação Rala Nota contra lideranças do “Bando do Magrelo”, quadrilha que disputa o tráfico de drogas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Rio Claro, no interior paulista.
Com apoio das Polícias Federal (PF) e Militar (PM), a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Rio Claro, todas no interior.
Os endereços eram ligados ao traficante Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, apontado como líder do bando rival do PCC, que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça paulista.
Foram apreendidos três veículos de luxo – Ram Rampage, BMW X4 e um Audi A3 –, além de duas armas de fogo, computadores, celulares, documentos de empresas, anotações, máquinas e cartões bancários.
Alvos movimentaram R$ 33,8 milhões
Segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Magrelo teria usado empresas para movimentar R$ 33.888.720,58. Esse valor foi usado como base para o MPSP pedir o sequestro de bens dos alvos.
Ainda de acordo com a promotoria, um alvo identificado como Ralado também participava das movimentações suspeitas. Morador de Americana, Ralado seria responsável por administrar várias pessoas jurídicas.
A ação é um desdobramento da Operação Oposição, deflagrada contra o “Bando do Magrelo” em maio de 2023.
Na ocasião, Magrelo era alvo de mandado de prisão, mas conseguiu escapar por um buraco no muro da sua residência e fugiu dos agentes. Ele seria capturado pouco depois, ao ser flagrado por PMs usando um documento falso na cidade de Borborema, a cerca de 210 quilômetros de distância de Rio Claro.