Apesar de serem menos frequentes na academia, as mulheres não precisam de tanto esforço quanto os homens para serem beneficiadas pelos exercícios. É o que indica uma pesquisa publicada nesta terça-feira (20/2) na revista científica Journal of the American College of Cardiology (JACC). Segundo o levantamento, elas ganham mais anos de vida que eles ao manter a frequência nas atividades físicas moderadas.
“A beleza deste estudo é aprender que as mulheres podem tirar mais proveito de cada minuto de atividade moderada a vigorosa do que os homens”, resume a cardiologista Martha Gulati, a principal autora do estudo e diretora de cardiologia do Smidt Heart Institute em Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, em comunicado à imprensa.
Os investigadores analisaram informações de prontuários de 412 mil adultos norte-americanos com idade média de 50 anos presentes na base de dados do National Health Interview Survey entre 1997 e 2019.
Os cientistas usaram os materiais sobre hábitos de atividade física e os cruzaram com informações sobre mortes e a frequência de doenças como diabetes e hipertensão. Os homens se exercitavam mais que as mulheres (43% deles e 32% delas), mas também morriam mais.

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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga também são indicadas para fortalecer ossos e músculos
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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, também auxilia no aumento da energia, melhora o humor e o sono
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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por ao menos meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural. Ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida
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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor
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O risco de mortalidade foi reduzido em 24% nas mulheres e 15% nos homens que praticavam exercícios ao serem comparados com os que não o faziam.
A prática de atividades físicas foi associada a uma chance menor de hipertensão em mulheres mas, curiosamente, a uma maior probabilidade em homens: os pesquisadores acreditam que muitas pessoas do sexo masculino só passam a se exercitar quando já foram diagnosticadas com alguma doença.
Mulheres precisam de menos esforço
A pesquisa se concentrou em atividades físicas aeróbicas moderadas e vigorosas, como caminhada rápida ou ciclismo, e descobriu que os homens atingiram seu benefício máximo cardíaco fazendo o exercício por cerca de cinco horas por semana, enquanto as mulheres precisaram se mover pouco menos de duas horas e meia semanalmente para perceber os mesmos efeitos.
Da mesma forma, quando analisadas as atividades de fortalecimento muscular, como levantamento de peso, os homens atingiram o ganho máximo fazendo três sessões por semana, enquanto as mulheres precisaram de cerca de uma sessão por semana.
Elas tiveram ganhos ainda maiores se praticassem além do mínimo. “As mulheres continuam a obter benefícios adicionais até cinco horas de exercício por semana, quando os dados atingem um platô”, conclui Martha.
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