Músicos exaltam influência de Anderson Leonardo no pagode

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Anderson Leonardo, cantor que foi o líder da banda de pagode Molejo, morreu aos 51 anos nesta sexta-feira (26/4), vítima de câncer inguinal. O pagodeiro, que esteve à frente da banda desde o início dos anos 1990, marcou gerações e inspirou músicos dos quatro cantos do país. Alguns pagodeiros da capital federal lamentaram a partida do artista e exaltaram a importância dele para a cena.

Neném, pandeirista do grupo BenzaDeus, não poupou elogios ao cantor, com quem teve oportunidade de conviver.

“Alô, planeta, alô, planeta, um dos jargões do nosso ícone, irmão, parceiro, influenciador da nossa música, referência total, Anderson Leonardo, sinônimo de alegria, de humildade, caraca, são muitas características boas para falar desse cara, principalmente porque nós convivemos com ele, né? Vai fazer muita falta para gente, tá deixando um legado lindo para todos que tão vindo pela frente aí, que ainda também vão continuar executando o nosso pagode, o nosso samba”, afirma o músico.

A percussionista Larissa Umaytá também exaltou a alegria de Anderson Leonardo. “É uma figura muito importante para a música popular brasileira, ele quebrou barreiras, ele atravessou muitas barreiras aí da própria música, trazendo alegria para os palcos, o carisma com certeza foi a receita”, diz.


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Ela ainda ressaltou o músico como referência para outros gêneros, além do pagode: “Dava para ver que existia um brilho naquela pessoa e naquilo que ele fazia. Tenho certeza que deixou na música popular brasileira, no pagode, no samba e vários outros gêneros também, a alegria de fazer música, a alegria de fazer arte”.

Eric, do grupo Doze Por Oito, também lamentou a morte do cantor: “Anderson Leonardo era uma enciclopédia do samba, inclusive reconhecido pelos gigantes do movimento. É uma perda inestimável, tá sendo uma perda inestimável para todo o movimento do pagodeiro, nós de 12 por 8, eu acho que assim como todos os pagodeiros e sambistas aí do Brasil, vamos sentir uma falta enorme do Anderson”.

Vinicius de Oliveira, músico de grande relevância na capital, também prestou homenagens ao artista. “Quando o Molejo surgiu ali nos anos 90, assim como o Molejo e outros tantos grandes grupos, né, surgiu também um jeito novo de fazer o samba. Era um samba contemporâneo, a sua época, né? Então, o Anderson Leonardo com certeza vai ficar apra história, é um ícone do pagode, com a sua voz caricata, com o seu jeito de cantar”, explica.

Vini afirma ainda que mesmo cantando músicas mais populares, Anderson tinha um vasto conhecimento musical. “Ele é daqueles cantores que quando chegava na roda de samba, quando entravam no palco, brilhantavam, né, tinha um sol, então tinha todo o público ali na sua mão. Ele sabia muito do samba, né? Do samba de raizl. Ele cantava as músicas do molejo, as músicas populares, né? Aquelas que o povão gostava. Mas caramba, sentar com ele para trocar uma ideia de samba, uma roda de samba para sentar com ele e tocar do lado dele tinha que saber, porque ele realmente tinha conhecimento muito vasto”, completou.

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