Com camisetas com a frase “finge que eu sou capivara, luta por mim” e crachás com foto da capivara ‘Filó’, trabalhadores da Educação do Amazonas iniciaram uma campanha para que os deputados estaduais apoiem suas reivindicações.
Eles reivindicam, através do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteam), entre outras coisas, 25% de reajuste salarial para repor as datas-bases de 2022 e 2023, o cumprimento das progressões por titularidade, tempo de serviço e plano de saúde para aposentados.
Nesta semana, o desembargador Domingos Chalub, do Tribunal de Justiça do Amazonas, acatou pedido do Estado do Amazonas, em ação civil pública, e proibiu os professores da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) de iniciarem greve marcada para hoje (17/05).
Na sexta-feira (12/05), os professores, em assembleia geral realizada na Praça da Saudade, no Centro Histórico de Manaus, aprovaram o início da greve. Mais de 2 mil trabalhadores participaram da assembleia, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam). E a votação foi unânime pela greve.
“A greve é o último recurso que podemos utilizar. Tentamos dialogar e negociar à exaustão. Infelizmente, sem nenhum sinal por parte do nosso empregador”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Ana Cristina Rodrigues informou, ontem (16/05) que quem vai decidir sobre a greve, marcada para hoje (17/05), são os trabalhadores, em reuniões marcadas para Manaus, na Assembleia Legislativa, e nos municípios do interior do Estado.
A capivara ‘Filó’ ficou famosa quando foi apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), após o influenciador Agenor Tupinambá utilizar o animal em suas redes sociais para mostrar, entre outras coisas, a rotina de uma capivara que mantinha como animal doméstico e à qual deu o nome de Filó. O influenciador e o animal receberam apoio maciço de parlamentares no Amazonas e outros estados do País.
Agenor foi autuado em R$ 17 mil por diversos crimes ambientais, entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio).