Já é amplamente conhecido que, para perder as gordurinhas extras, é necessário suar a camisa. O déficit calórico, ou seja, gastar mais calorias do que se consome, é extremamente fundamental para que isso ocorra.
Contudo, é possível ver pessoas que, embora sigam essas regras do emagrecimento, não alcancem a desejada perda de peso.
Pode até parecer conversa fiada, mas saiba que essa falta de resposta metabólica na queima de gordura pode ocorrer, sim, e existe uma condição de saúde hormonal que pode estar por trás disso.
Primeiramente, é preciso compreender a estrutura celular, formada, entre outros elementos, pelas mitocôndrias, estruturas responsáveis pela queima de gordura. Os hormônios tireoidianos T3 e T4 são encarregados de ativá-las para que elas utilizem a gordura como fonte de energia.
Logo, indivíduos que se sofrem com uma disfunção da tireoide, conhecida como hipotireoidismo subclínico, podem apresentar taxas “normais” dessa glândula, até produzem certa quantidade dos hormônios, mas com baixa concentração de iodo — inativos ou pouco funcionais.
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Isso ocorre devido a uma redução na captação de iodo pela tireoide, decorrente de uma possível deficiência de vitamina A, magnésio ou excesso de agrotóxicos na alimentação (que podem ser responsáveis por essa alteração).
Uma forma de começar a melhorar a condição, além do acompanhamento com especialista, seria estimular processos de destoxificação dos agrotóxicos, com substâncias que possuem essa função, com alimentos ricos em quercetina, glutationa, flavonóides e outras substâncias antioxidantes.
Um exemplo de bebida rica em catequinas e que estimula a renovação mitocondrial é o chá verde. Conhecido e famoso pela alta concentração de compostos bioativos, o chá pode ser uma das alternativas para melhorar a sensibilidade das mitocôndrias.
É válido lembrar que todo chá com efeito diurético deve ser ingerido acompanhado de muita hidratação ao longo do dia.
Além disso, o chá verde é rico em cafeína e, por isso, não deve ser ingerido em altas quantidade pois, nesse cenário, pode resultar em efeitos colaterais. Indivíduos com problemas hepáticos ou gestantes devem evitá-lo ao máximo. Pessoas saudáveis, por sua vez, podem fazer uso dessa plantinha para lá de vantajosa, principalmente por sua ação antioxidante e anti-inflamatória, também associadas à redução do envelhecimento precoce e à prevenção de doenças inflamatórias.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica