São Paulo — Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam, nessa quarta-feira (17/4), 1.080 kg de cocaína no Guarujá, no litoral de São Paulo. A droga estava escondida no meio de sucatas em um ferro-velho. Ninguém estava no depósito.
O local fica a 500 metros de onde foi localizado o veículo do policial militar Luca Romano Angerami, que está desaparecido desde a madrugada de domingo (14/4).
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Investigadores receberam uma informação que, a princípio, indicava a possível localização do PM, e que ele teria sido raptado por criminosos da comunidade do Caranguejo. O ponto seria um barraco a 500 metros da rodovia Domênico Rangoni, onde foi achado o Toyota Corolla prata de Luca Angerami.
Para auxiliar na procura, a equipe contou com cães farejadores. Os animais demonstram agitação diante de um barraco aparentando ser um ferro-velho. A entrada estava fechada com um tapume.
Os cães então indicaram sacos brancos escondidos em um emaranhado de produtos para reciclagem. As embalagens condicionavam 1.120 tijolos de cocaína. Agora as investigações prosseguem para identificar os operadores do esquema.
As buscas pela localização do policial continuam.
Nova operação
O soldado Angerami teria sido visto pela última vez nas proximidades de uma “biqueira” — ponto de venda de drogas —, logo depois de ter saído de uma adega onde bebia com um amigo, na madrugada de domingo, na Vila Santo Antônio, no Guarujá.
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Segundo a Polícia Civil, logo depois de ter deixado a biqueira, Angerami foi abordado por dois homens que o reconheceram como sendo um PM.
A polícia encontrou, na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, o Toyota Corolla prata que pertence ao policial. O carro estava com a chave.
Depois do desaparecimento do PM, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirma ter deslocado 250 policiais militares para a Baixada Santista na segunda-feira (15/4) para reforçar nas buscas.
A SSP tem deflagrado operações na região sempre que um PM é alvo da ação de criminosos. Nos últimos meses, a região passou pela Operação Escudo, deflagrada em julho do ano passado, que terminou com 28 mortos em 40 dias. No início deste ano, foi a vez da Operação Verão, que terminou com 56 mortos, na contagem oficial, em cerca de dois meses.