O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou nesta sexta-feira (23/2), pela primeira vez, planos para a Faixa de Gaza no pós-guerra. A proposta foi entregue ao gabinete de segurança isralense.
O plano prevê que Israel mantenha controle de segurança e militar na região que inclui a Cisjordânia ocupada e Gaza. Segundo informações são da Al Jazeera, o documento ainda reafirma a negativa a um “reconhecimento unilateral” de um Estado palestino.
Em reação, o porta-voz Nabil Abu Rudeineh, da Autoridade Palestina, defendeu que Gaza só fará parte do Estado Palestino independente, tendo Jerusalém como sua capital. A informação é da agência estatal Wafa.
Ele ainda afirmou que quaisquer planos em contrário estão fadados ao fracasso “Israel não terá sucesso nas tentativas de alterar a realidade geográfica e demográfica na Faixa de Gaza”, disse.
A atual ofensiva israelense teve início após o ataque-surpresa promovido pelo Hamas em 7 de outubro. Na ocasião, o grupo extremista matou 1,2 mil pessoas e levou cerca de 240 reféns. Desde então, o governo de Israel promove uma ofensiva, com bombardeios e incursões terrestres, e um cerco à região.
Conforme relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, sigla em inglês), a guerra resultou em cerca de 29,5 mil mortos na Palestina, além de mais de 69 mil feridos. As informações partem do Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
Israel, embora enfrente pressões internacionais para frear o conflito, tem se comprometido na busca de três objetivos: libertar os reféns, destruir o Hamas e garantir que a Faixa de Gaza não represente mais uma ameaça à existência do Estado de Israel.