O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, determinou, nesta sexta-feira (9/2), que as Forças de Defesa do país apresentem um plano para a retirada de civis de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
“É impossível alcançar o objetivo da guerra de eliminar o Hamas deixando quatro batalhões do Hamas em Rafah. Pelo contrário, é claro que a intensa atividade em Rafah exige que os civis evacuem as áreas de combate”, informou o gabinete do primeiro-ministro.
Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros
Ataque israelense à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo
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Israeli attacks on Gaza continue on the 25th day
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
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Rafah faz fronteira com a península egípcia do Sinai. O local é refúgio de, aproximadamente, 1,5 milhão de pessoas que, desde o aumento da tensão na região, tem deixado o norte de Gaza para fugir dos bombardeios e ataques terrestres de Israel.
Nesta sexta, o Exército de Israel realizou bombardeios contra alvos em Rafah. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, oito pessoas morreram.
Netanyahu tem sido alvo de críticas internacionais após a divulgação de planos para invadir a cidade na fronteira com o Egito.
A Organização das Nações Unidas (ONU) se manifestou contra a evacuação dos civis de Rafah.
“Estamos extremamente preocupados com o destino dos civis em Rafah. Nós não apoiaríamos de forma alguma o deslocamento forçado, o que vai contra o direito internacional”, ressaltou Stephane Dujarric, porta-voz da ONU.
Conflito
As tensões na Faixa de Gaza se intensificaram depois que militares do grupo Hamas invadiram o território israelense, mataram milhares de pessoas e fizeram mais de 200 reféns, em outubro do ano passado. Desde então, as Forças Armadas de Israel fazem operações contra o grupo na Faixa de Gaza.
Ainda em outubro de 2023, o governo israelense ordenou que, aproximadamente, 1,1 milhão de palestinos que viviam no norte de Gaza se deslocassem para o sul a fim de evitar aumento de mortes de civis.