No G20, Mauro Vieira critica Conselho de Segurança da ONU: “Paralisia”

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou na abertura da primeira reunião de chanceleres do G20, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (21/2), e fez críticas à atuação do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação aos conflitos internacionais em curso, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

O chanceler classificou a postura do colegiado como de “paralisia”, que tem como consequência a “perda de vidas inocentes”.

“As instituições multilaterais não estão devidamente equipadas para lidar com os desafios atuais, como demonstrado pela inaceitável paralisia do Conselho de Segurança em relação aos conflitos em curso”, criticou Vieira.

“Esse estado de inação implica diretamente em perdas de vidas inocentes. O Brasil não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar”, destacou.

Pela primeira vez na história, o Brasil lidera o G20, bloco que reúne as maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana. Durante a declaração, Vieira defendeu que o grupo assuma a liderança frente à mediação de conflitos.

“Esse grupo é hoje, possivelmente, o fórum internacional mais importante, onde países com visões opostas ainda conseguem se sentar à mesa e ter conversas produtivas, sem necessariamente carregar o peso de posições arraigadas e rígidas que tem impedido os avanços em outros foros, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas“, destacou o ministro.

“Na nossa visão, o G20 pode e deve desempenhar um papel fundamental para a redução das tensões internacionais”, completou.

A reunião desta quarta conta com a participação de ministros das relações exteriores de países do G20, que vão discutir o papel do bloco em relação às tensões geopolíticas atuais e a reforma de instituições de governança global. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também participa do encontro.

Mais cedo, o representante dos EUA esteve no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro durou cerca de duas horas. Na saída, ele evitou falar sobre a polêmica envolvendo o petista e suas declarações sobre Israel.

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