O pastor Silas Malafaia concentrou em Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador da toga”, as falas que fez no ato pró-Bolsonaro no Rio de Janeiro. O líder religioso acusou o ministro de do Supremo Tribunal Federal (STF) de promover censura no Brasil.
Malafaia afirmou que Moraes, ao assumiu o inquérito das Fake News, teria introduzido na legislação o “crime de opinião”.
“Na democracia ninguém tem medo de falar. Na ditadura eles não têm medo de calar o povo. Na democracia a opinião é livre, na ditadura a opinião é crime”, disse. Em um alinhamento com a sustentação de censura feita pelo dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, Malafaia disse que Moraes cerceou deputados.
Malafaia disse, sem nomear quais seriam os ministros, que a maioria do STF “não concorda com Alexandre de Moraes” e que o ministro estaria “jogando o STF na lata do lixo da moralidade”.
Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica foram incitados a agirem politicamente por Malafaia. “Se esses comandantes militares honram a farda que vestem, renunciem aos cargos, e nenhum outro oficial de quatro estrelas assuma até que haja uma investigação profunda do Senado.”
Na sequência, ele chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “frouxou, covarde, omisso”. O argumento de Malafaia para os adjetivos negativos dedicados a Pacheco foi porque, no entendimento dele, o político de Minas Gerais teria prevaricado e deveria dar andamento a um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes.
No final, Malafaia se dirigiu a Bolsonaro: “Tu é o cara”, e disse para o ex-presidente não ter medo dos inimigos. “Vai chegar a hora de Deus te honrar.”