Nunes diz que presidente da Enel é “mentiroso” e cobra ação após chuva

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São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chamou de “mentiroso” o presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, em um evento na zona sul da capital na manhã desta quarta-feira (10/1).

Segundo Nunes, Max teria dito na noite de terça (9/1), pouco após fortes chuvas com vento voltarem a atingir a cidade, que 800 equipes de manutenção da empresa estariam trabalhando para reestabelecer a distribuição de energia, mas que a informação não seria verdadeira.

“O Max me mandou um WhatsApp dizendo que tinham 800 equipes. Mentira, é mentira, ele é mentiroso”, disse Nunes.

Nunes estava na filial da Vila Clementino da Universidade Paulista (Unip) para uma cerimônia que marcaria a posse dos novos conselheiros tutelares da cidade. O evento, porém, teve de ser cancelado por falta de energia. A região estava sem luz por causa de quedas de árvores na rede desde a noite anterior e os geradores a diesel não deram conta de manter auditórios e ar condicionado ligados.

O prefeito afirmou que seus técnicos estavam coletando dados de todos os casos de demora de atendimento da Enel na cidade para informar a Justiça.

No fim do ano passado, a Prefeitura obteve uma decisão que obrigou a empresa italiana a apresentar (e cumprir) um plano de contingência para garantir energia após tempestades. Para Nunes, o plano não estaria sendo cumprido.

“A gente está com esse sofrimento [por causa] de uma empresa que fala que tem um plano de contingência. Quando a gente ganhou a primeira ação, a Justiça concedeu para a Prefeitura que eles apresentassem um plano de contingência e cumprissem. Eles não cumpriram”, disse Nunes.

Além disso, o prefeito afirmou que a administração municipal faria contato com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para também informar a nova crise na cidade de São Paulo e para obter informações sobre as ações adotadas pela agência desde novembro, quando imóveis da capital chegaram a ficar cinco dias sem eletricidade.

“A Enel mais uma vez demonstra ser uma empresa irresponsável e que não merece, como aconteceu em Goiás, estar na cidade de São Paulo”, disse Nunes.

O Metrópoles procurou a Enel para comentar as falas do prefeito, mas ainda não teve resposta. O espaço segue aberto a manifestações.



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