O caos na saúde pública do Amazonas

FAMOSOS


A situação da saúde na rede hospitalar de Manaus é crítica. Falta medicamentos, equipamentos que funcionem, agulhas, gazes, esparadrapo, macas, leitos e paciência dos servidores com cidadãos fragilizados, que buscam socorro para suas enfermidades. 


Falta, de um lado, vergonha e, de outro, compaixão com os mais pobres que não dispõem de uma rede de saúde privada  para atender suas demandas. 


Falta gestão e respostas claras, objetivas para uma pergunta que está na boca de todos os amazonenses: onde está o dinheiro? O que foi feito dos R$ 5 bilhões destinados a melhorar os serviços e atender a população de forma minimamente eficiente, respeitosa e civilizada? 


Onde estão os órgãos de controle, que afrouxaram a fiscalização? O que está por trás desse silêncio que induz a uma interpretação, talvez equivocada, de que há conluio, um sistema de proteção que permite desmandos como o pagamento pela Maternidade Balbina Mestrinho de cerca de R$ 5 milhões apenas a uma empresa que fornece alimentação – a AMS Produtos Alimentícios – nos últimos 12 meses. Uma média de R$ 490 mil mensais. Mesmo ´procedimento adotado na Maternidade Dona Lindu, no PS 28 de Agosto e outras unidades hospitalares.


É bom que servidores e pacientes comam bem e do melhor, mas o volume de dinheiro destinado a alimentação extrapola o bom senso e indica que é um dos veios pelo qual se locupletam agentes públicos e privados.


As denúncias se avolumam, os casos são concretos. Basta uma visita ao PS 28 de Agosto ou Platão e um olhar que não precisa ser crítico, mas efetivo, voltado para uma pergunta  básica, diante do cenário escandaloso: Por que as coisas chegaram a esse ponto?  Impressiona o silêncio do governo.



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