Jair Bolsonaro foi criativo no uso do cartão corporativo durante sua passagem pela Presidência. Em folga de Carnaval em 2021, Bolsonaro usou o cartão corporativo do Planalto para alugar uma câmera hiperbárica, equipamento que, segundo as notas fiscais do aluguel, serviria “para possível salvamento nas atividades de mergulho em águas profundas durante a agenda privada do Senhor Presidente da República”.
A viagem daquele ano, de 13 a 18 de fevereiro, era mais um dos passeios que Bolsonaro fazia com grande comitiva. O destino foi São Francisco do Sul (SC), onde novamente participaria de aglomerações, ignorando o cancelamento das festas por causa da pandemia.
Nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2021, notas fiscais obtidas pela agência especializada em acesso à informação Fiquem Sabendo e passadas à coluna mostram que foram usados recursos dos cartões corporativos para alugar a câmara.
O equipamento médico, em formato cilíndrico, melhora a circulação sanguínea, aumentando a quantidade de oxigênio, e costuma ser utilizada para tratamentos de feridas de difícil cicatrização, lesões, infecções e doenças relacionadas ao sistema circulatório. O aluguel do equipamento custou R$ 5 mil e foi fornecido pela Sub Marine Serviços Ltda. É provável que o uso fosse caso alguém que mergulhou na comitiva tivesse algum problema de saúde.
A comitiva incluiu a filha Laura, o filho Eduardo, com a mulher dele e a bebê do casal, os assessores Mauro Cid, Tércio Arnaud Thomaz, Sérgio Rocha Cordeiro, Max Guilherme Machado de Moura, o deputado Helio Lopes, e o secretário de Pesca e hoje senador, Jorge Seif, entre outros.
